domingo, 28 de fevereiro de 2010

AS ORDENS ANGLICANAS


IX. (A questão da forma e matéria próprias da ordenação)...
O batismo é o único dentre os sacramentos no qual há completa certeza quanto à forma e matéria. E isto concorda com a natureza do caso. O batismo é a porta da Igreja para todos os homens e, em necessidade urgente, pode ser administrado por qualquer cristão; por isto as condições do batismo válido deviam ser conhecidas de todos. Quanto à eucaristia, ela oferece suficiente certeza quanto à matéria (deixando-se de lado, como de menor importância, as questões concernentes ao pão não fermentado, sal, água e semelhantes); mas o debate ainda continua quanto à sua forma de plena e essencial. Não existe, igualmente, inteira certeza quanto à matéria da confirmação; e de nossa parte estamos longe de pensar que cristãos que sustentam opiniões diferentes sobre esse assunto devem se condenar mutuamente. Por outro lado, a forma da confirmação é incerta e totalmente geral, a saber, oração, bênção, mais ou menos apropriadas, tal como costumeiramente foram empregadas em diferentes igrejas. Sobre outros sacramentos há incertezas semelhantes.

X. ...O papa escreve que a imposição das mãos é a matéria que é “igualmente empregada para a confirmação”... Mas a Igreja Romana, durante diversos séculos, usou, por um costume corrupto, a extensão das mãos sobre uma multidão ou simplesmente “na direção daqueles que devem ser confirmados”, em vez de conferir a imposição das mãos sobre cada pessoa[1]. Os orientais (com Eugênio IV) ensinam que a matéria é o crisma e não usam imposição das mãos neste rito. Se portanto a doutrina acerca de uma matéria fixa e de uma forma estável deve ser admitida, então os romanos conferiram a confirmação de maneira menos que perfeita durante muitos séculos, enquanto que os gregos não possuem qualquer confirmação. Muitos dentre os romanos admitem na prática que uma corrupção foi introduzida por seus predecessores, visto que em muitos lugares, como descobrimos, a imposição das mãos foi unida à unção e em alguns pontificais foi acrescentada uma rubrica para este fim. Podemos então perguntar se os orientais que se convertem aos romanos necessitam de uma segunda confirmação? Ou admitem os romanos que, mudando a matéria, os orientais exerceram o mesmo direito que os romanos ao corrompê-la? Qualquer que seja a resposta do papa, é suficientemente claro que não podemos em todos os pontos insistir muito rigidamente na doutrina da forma e da matéria prescrita, pois neste caso os sacramentos da Igreja, exceto o batismo, poderiam ser postos em dúvida.

XI. (O papa infere na decisão de Trento que a principal função do sacerdote é oferecer o Sacrifício eucarístico)...
Respondemos que cuidamos com a maior reverência da consagração da santa eucaristia, a confiamo-la somente a sacerdotes devidamente ordenados a nenhum outro ministro da Igreja. Nós também ensinamos realmente o sacrifício da eucaristia e não cremos que ela seja “uma simples comemoração do sacrifício da cruz” – crença que parece nos ser imputada numa citação do concílio. Contudo, pensamos ser suficiente, na liturgia que usamos para celebrar a santa eucaristia, que elevemos nossos corações ao Senhor e então consagremos diretamente os elementos já oferecidos a fim de que eles se tornem para nós o corpo e o sangue de nosso Senhor Jesus Cristo – a fim de significar desta maneira o sacrifício que é feito neste ponto. Observamos que ela é uma perpétua memória da preciosa morte de Cristo e a propiciação pelos nossos pecados, segundo a sua instrução, até sua segunda vinda. Pois, em primeiro lugar, oferecemos um “sacrifício de louvor e ação de graças” e, então, apresentamos e reproduzimos perante o Pai o sacrifício da cruz e, através deste sacrifício, “obtemos remissão de pecados e todos os outros benefícios” da paixão do Senhor por “toda a Igreja”; finalmente, oferecemos o sacrifício de nós mesmos ao Criador de todas as coisas, sacrifício que já significamos pela oblação de suas criaturas. Toda essa ação, em que o povo necessariamente deve tomar sua parte juntamente com o sacerdote, estamos acostumados a chamar “sacrifício eucarístico”... (a linguagem do cânon romano é semelhante: “sacrifício de louvor”, uma oferta feita pelos servos de Deus “a fim de tornar-se para nós o corpo e o sangue”, uma oferta de “seus próprios dons e benefícios” (depois da consagração) e então o sacrifício é comparado com o de Abel, de Abraão e de Melquisedeque, para ser “carregado pelos anjos ao altar no alto”.)...
Fica assim claro que a lei da crença, tal como foi estabelecida pelo Concílio de Trento, foi de algum modo além da lei da oração. Trata-se certamente de uma coisa cheia de mistério, um assunto muito adaptado para impedir as mentes dos homens a altas e profundas meditações por fortes sentimentos de amor e devoção. Mas, como deve ser ela com extrema reverência e ser encarada como vínculo da caridade cristã e não como uma ocasião de sutis disputas, definições precisas sobre a maneira do sacrifício e sobre o princípio de como o sacrifício do eterno Sacerdote deve ser relacionado como o sacrifício da Igreja (que, de algum modo, é verdadeiro sacrifício), tais coisas devem, em nosso julgamento, ser antes evitadas do que encorajadas.

XII. Qual é portanto, a razão para impugnar a nossa forma e intenção na ordenação de presbíteros e bispos?
O papa descreve (omitindo coisas de menor importância): “A ordem do presbiterato, sua graça e poder, que é especialmente o poder de consagrar e oferecer o verdadeiro corpo e sangue do Senhor naquele sacrifício que não é uma simples comemoração do sacrifício feito na cruz, devem ser expressos na ordenação de um presbítero.” Com respeito à forma para a consagração de um bispo, não é inteiramente claro o que ele entende; mas parece que, em sua opinião, o “sumo sacerdócio” deve de algum modo ser atribuído ao bispo. Contudo, ambas essas asserções são estranhas, visto que, no mais antigo formulário romano, em uso ao que parece no início do século III, a mesma fórmula é empregada tanto para o bispo como para o presbítero, exceto quanto aos nomes, nada sendo dito acerca do “sacerdócio” e do “sumo sacerdócio”, e nada a respeito do sacrifício do corpo e do sangue de Cristo. Só se faz menção de “orações e oblações que ele oferecerá (a Deus) dia e noite” e se fala de passagem do poder de perdoar os pecados.

(XIII-XVIII. Os elementos agora exigidos pelos romanos na ordenação como essenciais são demonstrados como acréscimos medievais.)

XIX. ... Os romanos, começando com uma simplicidade quase evangélica, enfeitaram a austeridade de seus ritos com ornamentos galicanos e, no decurso de tempo, ajuntaram cerimônias trazidas do Antigo Testamento, a fim de dar sempre maior ênfase na distinção entre povo e sacerdotes. Estamos longe de afirmar que tais cerimônias são “desprezíveis e perigosas” ou que sejam sem valor em seu próprio tempo e lugar. Só declaramos que não são essenciais. Assim, no século dezesseis, quando nossos pais esboçaram uma liturgia para o uso tanto do povo como do clero, quase retornaram aos começos romanos, pois os santos padres – que são tanto deles como nossos (a quem eles chamam de inovadores) – seguiram todos os mesmos chefes dignos de confiança, o Senhor e os apóstolos. Mas agora o único modelo exibido para a nossa imitação é o exemplo da moderna Igreja de Roma, a qual estás inteiramente preocupada com o oferecimento do sacrifício...(No Pontifical Romano, depois da imposição (ou “extensão”) das mãos, o bispo diz uma oração, chamada nos tempos antigos “consagração”). Se as antigas ordenações são válidas, a ordenação dos presbíteros está completa nesse igreja, mesmo hoje, logo que essa oração for proferida, pois se determinada forma uma vez foi suficiente para qualquer sacramento da Igreja, e permanece completa e inalterada, supõe-se que permanece com a mesma intenção, e não se pode afirmar, sem uma espécie de sacrilégio, que perdeu sua eficácia porque outras coisas foram depois acrescentadas tacitamente... (Às alegações sobre a inadequacidade de nosso rito) respondemos que nos firmamos nas Sagradas Escrituras e, na ordenação de um sacerdote, justamente insistimos proclamamos a dispensação e administração da palavra e dos sacramentos, o poder de perdoar e reter pecados e as outras funções do dever pastoral e a esses somamos e incluímos todas as outras funções.

XX. Se o papa, por novo decreto, declarar que nossos pais foram ordenados invalidamente há duzentos e cinqüenta anos, nada impedirá a inevitável decisão de que, pela mesma lei, todos os que foram ordenados de maneira semelhante receberam ordens que são nulas. E se nossos pais que, em 1550 e 1552, usaram formas que, como ele diz, eram nulas, então eles eram totalmente incapazes de reformá-las em 1662; neste caso, os próprios antecessores estão sujeitos à mesma lei. E, se Hipólito, Gelásio e Gregório disseram em seus ritos muito pouco acerca do sacerdócio e do sumo sacerdócio e nada sobre o poder de oferecer o sacrifício do corpo e do sangue de Cristo, então a Igreja de Roma também possui um sacerdócio nulo e os reformadores de seus sacramentários, qualquer que tenha sido sua autoridade, nada podiam fazer a respeito da correção dos ritos. “Porque como a hierarquia (nas próprias palavras do papa) se extinguira devido à nulidade da forma, já não havia poder de ordenar”. E, se o Ordinal “era totalmente incapaz de produzir a ordenação”, é impossível que tenha adquirido esse poder no decurso dos séculos, pois ficou exatamente como estava. E vãos foram os esforços daqueles que (a partir do século sexto) tentaram introduzir alguns elementos de sacrifício e de sacerdócio (e sobre a remissão e a retenção dos pecados) pelo fato de fazer algumas adições ao Ordinal.
Assim, derrubando as nossas ordens, ele, ao mesmo tempo, derruba todas as suas próprias e pronuncia uma sentença contra a sua própria Igreja.


Fonte: BETTENSON, Henry. Documento da igreja cristã. Quarta edição. Tradução de Helmuth Alfredo Simon. São Paulo, ASTE, 2001. p.420-425.
[1] O Sacramento Gelasiano tem uma rubrica: ele impõe suas mãos sobre eles; o Sacramento Gregoriano: levantando suas mãos sobre a cabeça de todos; edições modernas da Pontifical: estendendo suas mãos em direção daqueles que serão confirmados.

Extraído de: http://missaoanglicanabetesda.blogspot.com/2010/02/as-ordens-anglicanas.html

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CONSELHO ANGLICANO AMERICANO - AAC


Nosso Bispo - Dom Josué Souza Torres, foi acolhido como membro do Conselho Anglicano Americano (American Anglican Council - AAC) no dia de hoje, 26/02/10. Desta forma nosso Bispo e por conseguinte nossa Igreja recebe mais um reconhecimento oficial do anglicanismo ortodoxo mundial. Deus seja louvado!

ORDENAÇÃO DE JOÃO CALVINO


(Pergunta do Rev. Sandro ao Rev. Galasso)

Recebi, por e-mail, de 23/3/2008, pergunta sobre a palavra “cônego” aplicada a Calvino em artigo publicado em O Estandarte de março de 2008. Ela estava assim formulada: “Sempre aprendi que João Calvino nunca havia sido ordenado. No livro 'Nossas crenças e de nossos pais', de David S. Schaff, 2ª edição, na página 354 (Imprensa Metodista – 1964), o autor chega a declarar: 'Calvino provavelmente nunca foi ordenado por um ritual humano'. E este tem sido o ensinamento que tenho recebido até então. No entanto, em O Estandarte de março de 2008, em seu excelente artigo na página 5, está escrito que Calvino, 'como cônego da igreja, dirige um ofício religioso...”. Venho pedir informação sobre qual a fonte que nos aponta que Calvino foi ordenado padre (cônego) católico” (Rev. Sandro).
Com referência à sua observação sobre meu texto em O Estandarte de março, mencionando Calvino como "cônego", é correta a afirmação de Schaff de que Calvino provavelmente nunca foi ordenado. Não existem documentos que registrem sua ordenação.

No entanto, é preciso observar no caso de Calvino:

a) que ele foi nomeado pela igreja como responsável, primeiro, para a capela de La Gésine em Noyon, e, depois, para Pont l´Évêque, tendo um religioso como auxiliar e com quem dividia os proventos recebidos;

b) que na época era comum abades, bispos e sacerdotes manterem suas posições sem que houvessem recebido uma ordenação sacerdotal; que na região de Bourges, onde viveu como estudante de Leis, sua aparência era de um religioso identificado com a igreja, tendo pregado diversas vezes sem lembrar de mostrar qualquer sinal que o identificasse com um “protestante”; que em Poitiers, nessa mesma época, ele teria ministrado a ceia para alguns camponeses;

d) que também pregou na igreja de seu amigo Luis Du Tillet em 1534, em Angoulême, onde residiu por algum tempo;

e) que, neste mesmo ano, quando esteve em Noyon, por ocasião da morte de seu pai, celebrou a missa.

De tudo isso, fica claro que para exercer tais funções religiosas, requeria-se algo mais do que ser um simples noviço, recebido pela tonsura aos 12 anos.
Essas ponderações têm levado alguns biógrafos de Calvino a usar para ele, nesse período de sua vida, de maneira muito natural, qualificações como clérigo, sacerdote (A. Ganoczy) ou “cônego”.

Rev. Eduardo Galasso Faria
Professor do Seminário Teológico de São Paulo


Fonte: O Estandarte – Junho de 2008, p. 5.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NOTA EPISCOPAL 02/2010


A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP) sempre adotou os mais diversos ritos cristãos em sua prática litúrgica, acolhendo todos os ritos que não contrariem a Palavra de Deus e o Cristianismo histórico. Nossos Ministros continuam autorizados a adotarem quaisquer ritos cristãos que não firam os princípios de nossa fé. Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e dez.


Dom Josué Souza Torres
Bispo Primaz da IEEP

DUAS RAZÕES PARA NÃO CONTRIBUIR COM "MISSÕES"



Duas Razões Para Não Contribuir Com Missões

Por David em 19-08-2009

Este é um resumo da palestra que eu dei ao grupo de jovens – OPS – da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, no dia 15 de Agosto de 2009.)

Muitas vezes ouvimos missionários falarem sobre o seu trabalho e concluírem com um pequeno incentivo para que os irmãos contribuam com missões (e mais especificamente, com a missão dele/a). Nestas ocasiões, às vezes existem alguns argumentos para a contribuição que, penso eu, fazem mal tanto ao reino de Deus quanto aos contribuintes em si.

Primeira razão: culpa

O que é a culpa? Todos conhecemos o sentimento, mas algumas pessoas têm dificuldade de descrever o que é ou porque estão sentindo aquilo. Eu a defino da seguinte forma: culpa é o sentimento que lhe domina o coração quando você se compara moralmente a um padrão e descobre que existe uma diferença muito grande entre as duas coisas. Existe, então, apenas uma coisa que deve legitimamente criar culpa no seu coração: a constatação de que você é um/a pecador/a e que você não atinge, moralmente, à santidade de Deus e ao Seu padrão para a sua vida. E esse sentimento de culpa tem apenas um propósito: o de te impelir na direção dos Seus braços abertos em graça, procurando a salvação em Cristo, do qual vem a liberdade (incluindo a liberdade da própria culpa!).

Gálatas 5.1 nos diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.”

O que acontece quando, após sermos libertados, viramos as costas a Deus e retornamos ao nosso pecado e à nossa escravidão? Mais uma vez, a diferença entre o padrão e a realidade se torna aparente e a culpa nos empurra para os braços do Pai. E essa é a única resposta que a culpa deve produzir. Se a culpa em si é usada como motivo para qualquer outra coisa, aquela ação está sendo feita com o propósito de diminuir o sentimento desconfortável no coração, e não como fruto de um desejo de fazer a vontade de Deus.

Sendo assim, se você permitiu que alguém lhe desse um padrão contra o qual você se mediu (ou se você criou um), e você tem contribuído com missões (ou com qualquer outro ministério) para anestesiar o seu sentimento de culpa por 1) não poder ir ao campo, ou 2) nunca ter contribuído antes, ou 3) por qualquer outra área de sua vida onde você tem dificuldade, você precisa questionar seriamente as suas motivações para contribuir e a sua sinceridade no apoio àquele trabalho.

Segunda razão: obras

Às vezes caímos na cilada de usas os ministérios do Reino de Deus para darmos um show das nossas próprias qualidades, ou para colocar a nós mesmos sobre um pedestal, onde os outros possam nos ver a apreciar o que temos de bom. As pessoas gostam de descer a lenha em cima do pessoal da equipe de louvor como exemplos disso, mas para cada líder de louvor orgulhoso que eu já vi, vi muitos mais pastores, presbíteros, e professores de escola dominical que adoravam demonstrar o seu intelecto e os seus conhecimentos, quer tenha sido ou não relevante para o assunto que estavam ensinando.

Efésios 2.8-9 nos diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”

Se estamos contribuindo para o reino porque isto nos faz sentir bem sobre nós mesmos, ou porque achamos que de alguma maneira isto nos trará uma recompensa nos céus, mais uma vez precisamos questionar as nossas motivações e a nossa sinceridade.
O seu chamado

Se você já faz parte da Igreja há um tempo, você pode ter ouvido várias vezes que você deve ser um missionário, não importa onde esteja. E é verdade. Você é chamado para ser um agente viral vivo, infectando o mundo ao seu redor com o evangelho de Jesus Cristo!

Marcos 16.15 nos diz “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”

Alguns pastores que conhecem o grego koiné bem melhor do que eu dizem que uma tradução melhor seria “Indo por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Mas de qualquer forma, a mensagem é clara. Por um lado, o “Ide!” nos empurra da nossa área de conforto para a tarefa nem sempre ordeira de pregar a Cristo a um mundo que muitas vezes é hostil à noção de que precisa ser salvo de qualquer coisa. Por outro, o “indo” deixa claro que este é um processo que deve acontecer naturalmente na vida de todo crente, se ele/a está verdadeiramente envolvido/a em seguir a Deus e conhecê-Lo. Se você tem Jesus no coração, se Ele habita com você e você Nele, se ele é quem te dá fôlego para aguentar os problemas da vida e ânimo para celebrar as suas vitórias, se Ele é realmente o seu Senhor e Salvador, não há como manter isso debaixo dos panos, você nunca conseguirá escondê-Lo daqueles que te rodeiam. A Bíblia diz que somos um “aroma de Cristo” (2 Co. 2.15), e que a Sua presença não poderá ser ignorada em qualquer lugar onde nós estivermos.
Mas e as missões, como é que ficam?

Agora que falamos um pouco sobre o que não deveria estar te motivando a contribuir ou a participar em missões e/ou ministério, e agora que definimos qual que é o nosso chamado como crentes do Senhor Jesus, podemos falar um pouco sobre o jeito que Deus descreve o trabalho de construção do Seu Reino e sobre as maneiras que Ele tem providenciado para que nós possamos estar envolvidos. Vamos começar olhando o texto de 1a Coríntios 3. Leia o capítulo todo para pegar o contexto (está cheio de lições preciosas sobre o nosso papel no ministério), mas no momento vamos nos ater aos versos 7 e 9:

De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. e Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.

Duas coisas se tornam claras lendo este trecho todo, mas especificamente nestes dois versículos:

1. Deus é quem dá o crescimento. A obra é Dele.
2. Ele nos considera cooperadores, isto é, ele nos chama para trabalharmos juntos com Ele para a expansão do seu Reino.

A próxima pergunta, então, é: como vamos trabalhar juntos com Ele neste projeto? Bom, já falamos sobre como todos devemos estar pregando o evangelho à medida que vamos “indo” pelo mundo. A Bíblia nos dá muitos exemplos destas pessoas, quando menciona aqueles que foram instrumentais no crescimento da igreja nascente, pessoas que abriam suas casas para os cultos e/ou que ministravam aos crentes nas áreas onde viviam. Mas a Bíblia também nos dá exemplos daqueles que levaram o “ide!” um pouco além e saíram pelo mundo do seu tempo, pregando Cristo àqueles que nunca haviam ouvido falar Dele, e ajudando a Igreja a crescer através da pregação, do ensino, do discipulado, e da vivência do Evangelho (Paulo, Timóteo, Barnabé, etc.). Mas que estrutura existia para que estes dois, tanto o povo do “indo” como o povo do “ide!”, trabalhassem juntos?

Paulo, o nosso melhor exemplo de um cara que adotava o “ide!”, descreve este relacionamento em Filipenses 4.10-20, onde ele agradece aos Filipenses pelo apoio que deram ao seu trabalho:

Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.

Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades.

Paulo também deixa claro que aqueles que são chamados para servir neste ministério de apoio (e não duvide, este é um ministério que é tão essencial como o trabalho daqueles que atendem ao “ide!”) receberão todos os recursos que precisam para atender a este chamado:

2a Coríntios 9.11 (leia o capítulo todo para pegar o contexto!) nos diz “enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.”

Finalmente, Paulo também nos dá uma figura impressionante que ilustra o que acontece quando esta parceria (uns com os outros, à medida que cooperamos com Deus) não está operando corretamente. Ele compara o missionário ou ministro sem apoio a um boi cuja boca é atada enquanto pisa o trigo, uma mensagem poderosa sobre as dificuldades que afligem ao obreiro que está no campo sem o apoio do resto da Igreja. (1 Co 9.9)
Resumo e Conclusão

1. Deus chama todos os Seus filhos para serem cooperadores com Ele na construção do Seu Reino. (Mc 16.15)
2. Ele chama alguns para atenderem ao “ide!” e se dedicarem ao ministério em tempo integral, comandando à Igreja que aqueles que pregam o evangelho desta forma devem receber o seu sustento do próprio evangelho (isto é, daqueles que compartilham com eles do mesmo evangelho – veja 1 Co 9.14 e leia o contexto).
3. Ele chama outros para apoiar àqueles que ministram em tempo integral, e não os faz passar necessidade por causa deste apoio, mas capacita-os e os enriquece em abundância, para que assim possam ser generosos. (2 Cor. 9:15)

A contribuição com missões, ou com qualquer ministério em tempo integral, deve ser motivado não por culpa ou por obras, mas por uma compreensão do papel que temos como cooperadores de Deus na construção do Seu Reino. Deve ser feita em parceria com aqueles que estão se dedicam ao ministério em tempo integral, apoiando-os não só materialmente mas também em oração, chorando com eles nos momentos difíceis e regozijando com eles nos momentos de vitória. Se Deus lhe chamou para este ministério, lhe deu os recursos, e lhe mostrou as oportunidades, vá em frente! E alegre-se na promessa que “visto como, na prova desta ministração, [os santos] glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos.” (2 Cor. 9:13).


Fonte: http://mastigue.com/2009/08/19/duas-razoes-para-nao-contribuir-com-missoes/#more-995

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BATISMO E CRISMA


Ontem, dia 22/02/10, na cidade de Diadema/SP o sr. Bispo Primaz da IEEP - Dom Josué Souza Torres, administrou o sacramento do Santo Batismo à jovem Cláudia e conferiu à Crisma (Confirmação) a Antônio Carlos. Desta forma, nossa Igreja segue cumprindo a Grande Comissão (Mt 28,19; Mc 16,15): ir, catequizar e conferir os sacramentos a toda criatura. Nossa Catedral em Taboão da Serra/SP tem contado com a presença média de 200 pessoas dominicalmente. Assim, louvamos a Santíssima Trindade: Pai+, Filho+ e Espírito Santo+, um só Deus, por suas bênçãos maravilhosas.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O SENTIDO DA QUARESMA


Os primeiros cristãos observavam com grande devoção os dias da paixão e ressurreição de nosso Senhor, e se fez costume na Igreja preparar-se para esses dias por meio de um período de penitência e jejum. Este período da Quaresma proporcionava a ocasião na qual catecúmenos eram preparados para o Santo Batismo. Era a ocasião, também, para que todos os que se haviam separado do corpo dos fiéis, por causa de pecados notórios, eram reconciliados por meio da penitência e do perdão, e eram restaurados à comunhão da Igreja. Deste modo, recordava a toda congregação a mensagem do perdão proclamada no Evangelho de nosso Salvador, e a necessidade constante de todo cristão de renovar o seu arrependimento e sua fé. “Portanto, em nome da Igreja, os convido a observância de uma Santa Quaresma, mediante o exame de consciência e o arrependimento; pela oração, o jejum e a autonegação; e pela leitura e meditação da santa Palavra de Deus" (Livro de Oração Comum Brasileiro – LOCb).


Fonte: http://www.dar.org.br/noticias/1-ultimas/892-o-sentido-da-quaresma.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ALGUMAS QUESTÕES SOBRE O ANGLICANISMO



- FOI A IGREJA ANGLICANA FUNDADA POR HENRIQUE VIII NO SECULO XVI?

Não, de nenhuma maneira. A Igreja Anglicana é parte da Igreja Primitiva constituida há 2.000 anos, quando Cristo comissionou seus apostolos para batizarem em nome da Trindade e pregarem a Boa Nova em todo o Mundo sob o poder do Espírito Santo. Nos cem anos seguintes, os apóstolos, seus associados e seguidores levaram a Palavra e fundaram Igrejas em varios lugares e tambem escreveram os Evangelhos e os livros que hoje conhecemos como o Novo Testamento. A Doutrina Cristã na Inglaterra está presente desde o Século III, através de Igrejas celtas e missionárias que surgiram apos a legalização do Cristianismo por Constantino. Com a invasão da Grã-Bretanha pelos Anglo-Saxões, estas comunidades passaram a existir na clandestinidade, devido a perseguição dos invasores. Mesmo com a conversão destes ao Cristianismo no Século VI, e devido também a condição insular da Grã-Bretanha, esta Igreja continuou semi-independente de Roma até a chegada de Santo Agostinho em 597. A partir dai, e por quase um milênio, a Igreja da Inglaterra, como toda a cristandade ocidental, reconhecia o papa como seu bispo-chefe, apesar das diferencas. Na epoca da Reforma do Seculo XVI, a Igreja da Inglaterra finalmente rechacou as pretensoes políticas e autoritárias do papado, mas não a Fé Católica e Apostólica que sempre observou. Esta foi uma reforma de dentro para fora, que de nenhuma maneira interrompeu a continuidade da Igreja e tampouco nenhuma de suas ligações com o passado primitivo da Igreja de Cristo.


- COMO PODEM SER VOCES (ANGLICANOS)CATOLICOS E PROTESTANTES AO MESMO TEMPO?

O termo "protestante" se usa para a Igreja Anglicana porque esta participou da Reforma religiosa do Século XVI e se identificou com muitos dos seus postulados teológicos e bíblicos. E também para distingui-la da Igreja de Roma e das Igrejas Ortodoxas que também tem bispos. Mas isso não significa que somos simplesmente uma das igrejas protestantes que surgiram da Reforma. Essas igrejas fizeram uma ruptura maior com o passado que a nossa. A palavra "protestante" não significa necessariamente oposto de "católico", é certamente o oposto a "papista". Católico significa universal e nós somos parte da Igreja Universal de Cristo. Refere-se tambem a antiga Fé Católica expressa nos Credos Historicos - e nós sustentamos isso. De maneira que podemos afirmar com todo o direito que somos católicos e protestantes. Ou ainda que somos Católicos Reformados. Somos uma Igreja Católica porque preservamos a fé e a ordem desde os tempos primitivos: o tríplice ministério de bispos, presbíteros e diáconos; os sacramentos do Batismo e da Santa Eucaristia, conforme instituídos por Jesus Cristo; os Credos (Apostólico e Niceno) como profissão de fé; e a enfase nas Escrituras Sagradas como meios suficientes para a redenção, assim como a tradição da Igreja reunida no Livro de Oração Comum (LOC). E Protestante e Reformada quando descartamos e continuamos combatendo os abusos instituídos pelo alto clero na Idade Média e pela ênfase na fe pessoal sob o poder do Espírito Santo de Deus.


Extraído e adaptado de: http://www.dasp.org.br/santacruz/anglican/0111a.htm

IEEP NA WIKIPÉDIA


A nossa Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP) encontra-se na Wikipédia - importante Enciclopédia livre na internet. Transcrevemos abaixo o artigo sobre nossa denominação:




"Igreja Episcopal do Evangelho Pleno é uma Igreja organizada em 02 de janeiro 1997, tem sua sede em Taboão da Serra, SP. É uma Igreja episcopal (anglicana) continuante. É uma comunidade cristã participativa e mantém laços fraternais com várias Igrejas Cristãs. A Eucaristia/Santa Ceia é celebrada dominicalmente. Seu púlpito é oferecido a ministros de quaisquer denominações cristãs comprometidos com a Bíblia. É presidida pelo Bispo Primaz Revmo. Dom Josué S. Torres. Além dos trabalhos evangelísticos e missionários desenvolve atividades na área da ação social cristã. Blog Oficial: http://igrejaepiscopalsp.blogspot.com "

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Episcopal_do_Evangelho_Pleno

CATECISMO ANGLICANO


Pergunta 1: Qual é o teu Nome?

Resposta: N. ou N. N.



Pergunta 2: Quem te deu esse Nome?

Resposta: Os meus Padrinhos no Batismo; em que fui feito membro de Cristo, filho de Deus, e herdeiro do reino do céu.



Pergunta 3: Que prometeram então por ti os teus Padrinhos?

Resposta: Prometeram e fizeram voto de três coisas em meu nome: Primeiro, que eu renunciaria ao diabo e a todas as suas obras, às pompas e vaidades deste mundo perverso e a todos os apetites pecaminosos da carne; Segundo, que eu creria em todos os Artigos da Fé Cristã; e Terceiro que guardaria a santa vontade de Deus e seus mandamentos, e neles andaria todos os dias de minha vida.



Pergunta 4: Não te julgas obrigado a crer e a proceder conforme prometeram por ti?

Resposta: Por certo; e assim o farei, ajudando-me Deus. E de todo o coração dou graças a nosso Pai celestial, porque me chamou a este estado de salvação, mediante Jesus Cristo, nosso Salvador. E rogo a Deus que me dê sua graça, para que continue assim até o fim de minha vida.



Catequista 5: Dize os Artigos de tua Crença.

Resposta: Creio em Deus Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra;E em Jesus Cristo seu único Filho nosso Senhor; O qual foi concebido por obra do Espírito Santo, Nasceu da Virgem Maria; Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, Foi crucificado, morto e sepultado: Desceu ao Hades; Ressuscitou ao terceiro dia: Subiu ao céu e está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-poderoso: Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo: Na santa Igreja Católica; Na Comunhão do Santos: Na Remissão dos pecados: Na Ressurreição do corpo: E na vida eterna. Amém.



Pergunta 6: Que entendes principalmente por esses Artigos da tua Crença?

Resposta: Primeiro, entendo que devo crer em Deus Pai, que me criou e a todo o mundo;Segundo, em Deus Filho, que me remiu, e todo o gênero humano;Terceiro, em Deus Espírito Santo, que me santifica e a todo o povo de Deus.

Pergunta 7: Disseste que os teus Padrinhos prometeram solenemente que guardarias a santa vontade de Deus e os seus Mandamentos. Dize-me quantos Mandamentos há.

Resposta: Dez.



Pergunta 8: Quais são?

Resposta: Os mesmos que Deus pronunciou, como se encontra no capítulo vinte do livro de Êxodo, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

I. Não terás outros deuses diante de mim;

II. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima nos céus, nem abaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, e visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e a quarta geração daqueles que me aborrecem; e faço misericórdia até mil gerações aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

III. Não tomarás o Nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente aquele que tomar o seu Nome em vão.

IV. Lembra-te de santificar o dia do Descanso. Seis dias trabalharás, e farás tudo o que tens para fazer; mas o sétimo dia é o Descanso do SENHOR teu Deus. Nele não farás obra alguma; nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e terra, o mar, e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia; por isso o SENHOR abençoou o dia sétimo e o santificou.

V. Honrarás a teu pai e a tua mãe; para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.

VI. Não matarás.

VII. Não adulterarás.

VIII. Não furtarás.

IX. Não dirás falso testemunho contra teu próximo.

X. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertencer.



Pergunta 9: Que entendes principalmente desses mandamentos?

Resposta: Entendo duas coisas: o meu dever para com Deus, e o meu dever para com o meu Próximo.


Pergunta 10: Qual é o teu dever para com Deus?

Resposta: O meu dever para com Deus é Crer nele, temê-lo, E amá-lo com todo o meu coração, com todo o meu entendimento, com toda a minha alma, e com todas as minha forças; Adorá-lo, dar-lhe graças; Por nele toda a minha confiança, invocá-lo; Honrar o seu santo Nome e Palavra; E servi-lo verdadeiramente todos os dias de minha vida.



Pergunta 11: Qual o teu dever para com o teu Próximo?

Resposta: O meu dever para com o meu Próximo é Amá-lo como a mim mesmo, e fazer a todos o que desejara me fizessem a mim; amar, honrar e socorrer a meu pai e mãe; prestar honra e obediência às autoridades civis; Respeitar a todos os meus governadores, professores, pastores espirituais e mestres; E revestir-me de humildade e reverência, como convém a um servo de Deus, para com todos os meus superiores; Não ofender a ninguém, nem por palavras, nem por ações; Ser verdadeiro e justo em todos os meus atos; Não conservar ódio e nem rancor no meu coração; Guardar as minhas mãos do furto e roubo; Preservar a minha língua da maledicência, mentira e calúnia; Conservar o meu corpo em temperança, sobriedade e castidade; Não cobiçar nem desejar os bens alheios, Mas instruir-me e trabalhar honestamente para manter-me, E cumprir o meu dever no estado de vida a que Deus se aprouver chamar-me.



Catequista (12): Meu caro Filho, aprende isto: Não és capaz de cumprir tudo isso; por ti mesmo, nem andar nos Mandamentos de Deus e servi-lo, sem sua graça especial; a qual deves aprender a pedir incessantemente em fervorosas orações. Vejamos, pois, se sabes dizer a Oração Dominical.

Resposta: PAI nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu Nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; Pois teu é o Reino, e o poder, e a glória para sempre. Amém.



Pergunta 13: Que desejas, nesta Oração, que Deus te faça?

Resposta: Rogo ao Senhor meu Deus, nosso Pai celestial, que é o Autor de todo o bem, que me envie a mim e a todos a sua graça; para que o adoremos e sirvamos, e lhe obedeçamos, como devemos fazer. E suplico a Deus, que se digne conceder-nos tudo quanto carecemos para nossos corpos e almas; que se compadeça de nós, e nos perdoe os pecados, que haja por bem salvar-nos e defender-nos de todos os perigos espirituais e corporais; que nos livre de todo o pecado e maldade, e do nosso inimigo espiritual, e da morte eterna. E confio em que fará tudo isto por sua misericórdia e bondade, mediante nosso Senhor Jesus Cristo. E portanto digo ao concluir: Amém, isto é, Assim seja.



Pergunta 14: Quantos Sacramentos instituiu Cristo em sua Igreja:

Resposta: Só dois, que são geralmente necessários para a salvação; a saber, o Batismo e a Ceia do Senhor.



Pergunta 15: Que queres dizer com essa palavra Sacramento?

Resposta: Quero dizer um sinal externo e visível de uma graça interna e espiritual, que se nos concede, instituído pelo próprio Cristo, como meio de recebermos essa graça, e como penhor que nos assegure dela.



Pergunta 16: Quantas partes há num Sacramento?

Resposta: Duas; o sinal externo e visível, e a graça interna e espiritual.


Pergunta 17: Qual é o sinal externo e visível ou forma no Batismo?

Resposta: É a água, com a qual a pessoa é batizada. Em o Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.



Pergunta 18: Qual é a graça interna e espiritual?

Resposta: A morte para o pecado e o novo nascimento para a retidão; porque sendo por natureza nascidos em pecado, e filhos da ira, com isso nos tornamos filhos da graça.



Pergunta 19: Que se requer das pessoas que hão de ser batizadas?

Resposta: Arrependimento, pelo qual renunciem o pecado; e Fé, pela qual creiam firmemente nas promessas de Deus que se lhes faz neste sacramento.



Pergunta 20: Por que, então, se batizam Crianças, quando, por sua tenra idade, não podem cumprir o que delas se exige?

Resposta: Porque prometem ambas as coisas por intermédio de seus Padrinhos; ficando obrigados a cumprir essa promessa logo que atinjam a idade da discrição.



Pergunta 21: Para que foi instituído o Sacramento da Ceia do Senhor?

Resposta: Para memória perene do sacrifício da morte de Cristo, e dos benefícios que dela recebemos.



Pergunta 22: Qual é a parte externa ou sinal da Ceia do Senhor?

Resposta: O Pão e o Vinho, que o Senhor ordenou que fossem recebidos.



Pergunta 23: Qual é a parte interna, ou verdade significada?

Resposta: O Corpo e o Sangue de Cristo, que são espiritualmente tomados e recebidos pelos fiéis na Ceia do Senhor.

Pergunta 24: Quais são os benefícios de que nesse ato nos tornamos participantes?

Resposta: Nossas almas são fortalecidas e confortadas pelo Corpo e Sangue de Cristo, bem como o são os nossos corpos pelo Pão e Vinho.



Pergunta 25: Que se requer dos que vêm à Ceia do Senhor?

Resposta: Que a si mesmos se examinem para ver se estão verdadeiramente arrependidos de seus pecados passados, propondo firmemente empreender vida nova; se têm fé viva na misericórdia de Deus mediante Cristo, com grata recordação de sua morte; e se estão em caridade com todos os homens.


Fonte: Livro de Oração Comum, segundo o uso da Igreja Episcopal Brasileira, 1950.

Extraído e adaptado de: http://www.dar.org.br/loc-2008/94-catecismo-anglicano/496-catecismo-anglicano.html

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CALENDÁRIO LITÚRGICO


Calendário e lecionário: nosso patrimônio cristão
(trechos do Manual do Culto)

I - Sobre o Calendário Litúrgico

Calendários cívicos comemoram obras humanas. O Calendário Litúrgico celebra o que Deus fez em Cristo, o que continua a fazer hoje mediante seu Espírito Santo, e o que promete fazer no futuro. É um lembrete contínuo de que a salvação não vem de nós, e sim da graça de Deus em Jesus Cristo. O fato de se acompanhar o ano da graça do Senhor nos cultos da Igreja semana após semana, anos após ano, leva à compreensão real do sentido bíblico da adoração e louvor...
O calendário cristão ou ‘litúrgico’ gira em torno dos grandes atos de Deus em Jesus Cristo para a redenção do mundo. O nascimento, vida, morte, ressurreição e volta prometida do Senhor, bem como sua dádiva do Espírito Santo à Igreja, dão sentido aos dias e épocas do ano cristão.....
O Ano Cristão possui três ciclos:
1) a seqüência semanal do domingo que, de sete em sete dias, comemora a ressurreição do Senhor, formando o alicerce e o núcleo do ano litúrgico.
2) o Ciclo do Natal que inclui as quatro semanas do Advento, os 12 dias do Natal, e termina no dia 6 de janeiro, a Epifania do Senhor.
3) o Ciclo da Páscoa que abrange 40 dias da Quaresma (terminando na Semana Santa), os 50 dias da Páscoa e chega ao apogeu no Dia de Pentecostes.
O ano litúrgico, entretanto, caracteriza-se na sua maior parte pelo Tempo Comum – tempo normal ou habitual. É o tempo-padrão, marcado pelo ciclo semanal tendo seu ponto alto na adoração dominical do Senhor ... Duas vezes por ano, o tempo comum cede lugar ao tempo não-comum – os Ciclos do Natal e da Páscoa....
Todavia, durante o tempo comum ocorrem quatro dias especiais – Batismo do Senhor, Transfiguração do Senhor, Trindade e Cristo, o Rei do Universo.

II – Sobre as Cores do Tempo da Graça

Em décadas recentes, as igrejas presbiterianas vêm-se utilizando das cores litúrgicas para realçar os diferentes dias e épocas do ano cristão. As cores são empregadas nas togas do pastor e do coro, nas toalhas da mesa e púlpito, em marcadores de página, na Bíblia do púlpito, nas oferendas florais e em bandeiras litúrgicas...
O esquema tradicional das cores litúrgicas é simples:
O branco e a cor de ouro simbolizam a Divindade, luz, glória, alegria e vitória. São usadas para celebrar a obra redentora de Cristo (Natal, Epifania, Batismo do Senhor, Transfiguração do Senhor, Páscoa, Ascensão do Senhor, Trindade e Cristo, o Rei do Universo).
O vermelho, símbolo do fogo e do sangue dos mártires, é a cor das celebrações do Espírito Santo e da Igreja: Pentecostes, ‘31 de Julho, Dia da Reforma, bem como aniversário das igrejas locais, ordenação e investidura de pastores.
O roxo caracteriza as épocas do ano cristão dedicadas à reflexão, arrependimento e preparação, como o Advento e a Quaresma.
O azul claro tem sido empregado também durante o Advento por expressar a esperança.
O preto denota morte, sendo usado na Quarta-Feira de Cinzas e Sexta-Feira da Paixão.
O verde, cor da natureza, vida e crescimento, é usado ao longo do tempo comum”.


Fonte: http://catedralonline.com.br/portal/modules/mastop_publish/?tac=Nossas_tradi%E7%F5es

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O QUE SIGNIFICA SER ANGLICANO?



Ser Anglicano Significa:

Ser parte da Igreja de Cristo, sem excluir ou isolar-se de outros Cristãos.


Participar da vida do povo de Deus, com suas alegrias e tristezas.

Pertencer a uma comunidade onde cada pessoa é respeitada em sua individualidade e pode utilizar os seus talentos.

Apresentar uma teologia baseada nas Escrituras Sagradas e na Tradição, coerente com a inteligência e com a razão.

Estar disposto a celebrar a unidade na diversidade.

Considerar com seriedade as Escrituras Sagradas, sem crer que cada passagem deva ser interpretada literalmente.

Preferir a liberdade em Cristo, mais do que a uniformidade de opiniões.

Sentir devoção e reverência pelos Sacramentos, sem tentar definir cada ponto desses grandes mistérios.

Conceber o ministério como dever e privilégio de todos os batizados.

Insistir na moralidade (aquilo que é bom e edifica) e evitar o moralismo (que define a salvação decorrente de uma conduta e não pela obra de Cristo).

Participar da herança apostólica, a fé no Evangelho de Cristo.

Ser parte de uma história antiga e sagrada, que se renova a cada dia.

Crer que a Igreja é de todos e que todos têm o privilégio de sustenta-la segundo a possibilidade de cada um.

Participar da administração e do governo da Igreja segundo a ordem estabelecida.

Pertencer a uma família internacional, intercultural e inter-racial que por mandato de Cristo, proclama o Evangelho até o último recanto da terra.


(Cartaz afixado na Catedral de Cantuária em 1988, por ocasião da Conferência de Lambeth).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

NOTA EPISCOPAL 01/2010






Todo o Clero - Bispo, Sacerdotes (presbíteros) e diáconos - da Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP), está autorizado a celebrar em Rito Anglo-Católico no Brasil e no exterior. Nossa Igreja está, internacionalmente, filiada a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (Fellowship of Confessing Anglicans) e não matém vínculos com a Igreja Católica Romana.

Dom Josué Souza Torres
Bispo Primaz da IEEP

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O CARNAVAL



Dizem que a maior festa popular do Brasil é o Carnaval, um período de quatro dias que, em países de maioria católica, precedem a quarta-feira de cinzas.

Sua origem remonta a época em que não se comia carne durante toda a quaresma (40 dias) e então o povo para se despedir do uso saboroso dela, realizava a festa da carne ou carnaval, onde tudo era permitido: carnes e bebidas em excesso e sexo de toda natureza.

No Brasil, um país de pessoas de todas as origens, esta festa ganhou particular importância, recebendo, inclusive, aporte financeiro do poder público que não tem dinheiro para educação, saúde, saneamento básico e segurança pública, por exemplo.

O que acontece nesse período? Além de bailes, danças de rua e desfiles aparentemente culturais, os baixíssimos padrões morais de nosso povo se rebaixam ainda mais, ficando quase que inexistentes e praticamente tudo é permitido: drogas, imoralidades, furtos, bebedeiras e como conseqüência temos crimes de toda natureza como homicídios, roubos, estupros, abortos, agressões, violência de toda sorte, tudo isso elevado a níveis muito superiores aos comuns, o que propositalmente os telejornais e o governo omitem.

Não é a toa que o Brasil é visto no estrangeiro como a terra da licenciosidade e do turismo sexual, pois indiretamente até nossas propagandas turísticas reforçam essa idéia.

E os cristãos brasileiros, como ficam diante de tudo isto? Boa parte, talvez a maioria, como são meramente nominais, se entregam aos pecados desse tempo como sendo a coisa mais normal do mundo e nem se lembram que são cristãos, outros se recolhem em retiros e congressos e outros ainda dizem “evangelizar” (de forma bem duvidosa diga-se de passagem) nesse período.

Na verdade, o cristão precisa ser “luz do mundo e sal da terra” (Mt 5.13-16) em todo o tempo e lugar, mas por causa desse pseudo-cristianismo, apagado e insosso, que a maioria vive o nome de Deus é constantemente blasfemado em nossa pátria. Deus tenha piedade de nós! Vamos reverter este quadro?


Rev. Sandro+