terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ANGLICANISMO É PROTESTANTISMO




A Sociedade da Igreja (Church Society), fundada em 1835, para sustentar as doutrinas bíblicas e manter a Igreja da Inglaterra como uma Igreja nacional, protestante e reformada, escreveu para a Equipe de Recursos Teológicos do GAFCON (o Bispo Robinson Cavalcanti foi um dos seus integrantes), por intermédio do seu Secretário Geral Rev. David Phillips, afirmando: “Cremos que é importante afirmar, de forma inequívoca, que o Anglicanismo é Protestantismo, e que os Trinta e Nove Artigos de Religião se constituem em nossa confissão distintiva, e que são também protestantes".



A Sociedade da Igreja pede que os documentos emanados do Gafcon enfatizem a salvação por Jesus Cristo pela Graça mediante a fé somente como uma marca distintiva do Anglicanismo ortodoxo, e que qualquer diálogo com a Igreja Católica Romana ou com as Igrejas Orientais será sempre limitado “pelas doutrinas fundamentais conflitantes sobre temas essenciais sobre a natureza da autoridade e sobre o próprio coração do evangelho".


Fonte: http://dar.org.br/noticias/1-ultimas/741-anglicanismo-e-protestantismo-.html

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A HISTÓRIA DO NATAL



Seção : Fim de Ano - 24/12/2008 09:40
A história do Natal
Há dois mil anos, o nascimento de Jesus iria mudar a história da humanidade. Anunciado séculos antes como Messias, ele faria sua mensagem de amor e esperança chegar aos quatro cantos do mundo


Janey Costa - Estado de Minas



Séculos antes do nascimento de Jesus, os profetas já anunciavam a sua vinda. Os teólogos de Jerusalém sabiam pelas escrituras que o Messias nasceria entre os judeus, na linhagem do rei Davi. O menino cumpriria a palavra dada ao rei, sobre seu reino que jamais teria fim. O reinado do Messias seria sobre as coisas espirituais e, portanto, eterno.

A chegada do Rei dos Reis era aguardada com ansiedade, mas, como também anunciara o profeta Isaías, ele não foi reconhecido. Aguardado como o rei que resgataria Israel do jugo romano, o Rei dos Reis sequer tinha onde nascer. Maria, grávida, e José seguiam de Nazaré para Belém, na Judéia, onde participariam de um recenseamento ordenado pelo imperador. Ao chegar na cidade, sem leitos disponíveis nas estalagens, acomodaram-se em um estábulo.E no meio do feno e de alguns animais, Maria deu à luz o Salvador, aquele que, segundo as sagradas escrituras, cumpriria em si próprio todas as profecias e que teria a capacidade de libertar o homem apenas pela crença em seu nome.

Mas quem esperava a chegada do Messias, descendente do trono de Davi, em grande estilo, não reconheceu naquele menino, nacido em um estábulo, filho de um velho carpinteiro, que teve como berço uma simples manjedoura, o filho de Deus. No evangelho de São João, capítulo 1, versículo 11, o apóstolo afirma: "Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam".

A verdade é que mais de dois mil anos já se passaram e as palavras do Yeshua Hamashia (Jesus, o Messias) como viria a ser conhecido nos anos de seu ministério, não passaram. E o menino, nascido em ambiente de extrema simplicidade, continua até os dias de hoje sendo adorado e levando aos homens a mensagem da esperança e do amor.



Dia 25

A data marca no mundo inteiro a celebração do nascimento de Jesus. No entanto, historiadores e cientistas afirmam que a possibilidade de Jesus ter realmente nascido em 25 de dezembro é muito remota. O astrônomo australiano Dave Reneke, baseado em análises que mapeiam a posição dos corpos celestes na época de Jesus, afirma que a data aproximada seria 17 de junho. O estudo de Reneke leva em consideração a aparição de uma estrela, descrita no evangelho de São Mateus como sinal do nascimento do Messias. O astrônomo identificou a conjunção dos planetas Vênus e Júpiter, que, emitindo luz intensa, teriam sido confundidos com uma estrela.

Segundo a pesquisa, Júpiter e Vênus estiveram muito próximos perto do ano 2 a.c. Outros estudos, baseados no calendário hebraico e na descrição de que os anjos anunciaram a chegada de Jesus a três pastores que apascentavam seus rebanhos no campo, apontam a data mais provável para a segunda semana de outubro.

Na verdade, o dia 25 de dezembro tem relação com antigas festas que datam de mais de 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. Os antigos celebravam no final de dezembro o solstício de inverno (a noite mais longa do ano) no hemisfério Norte. A partir desse dia, o Sol passa a ficar mais tempo no céu, até o clímax do verão. O solstício é o ponto de virada entre a luz e as trevas, o renascimento da luz, como acreditavam. Dias mais longos traziam a certeza de boas colheitas para o ano seguinte. Na Mesopotâmia, as comemorações duravam 12 dias. Na Grécia, o solstício abria as comemorações ao deus Dionísio, patrono do vinho e do bem viver.

Para os chineses, a data é até hoje a celebração do equilíbrio entre o yin e o yang, que marcam a harmonia entre as forças da natureza. Romanos celebravam na data o nascimento da divindade persa Mitra, o deus da Luz, que viria trazer benevolência, sabedoria e solidariedade entre os homens. Vem daí a tradição de se trocar presentes e dos grandes jantares familiares.

O Natal como conhecemos hoje começa com a adoção do cristianismo pelo império romano. Lá por volta do século 4, o papa Julius I instituiu o 25 de dezembro como o dia de celebração do nascimento de Jesus.



Três Reis

Segundo a narrativa bíblica, três reis magos vindos do Oriente, orientados por uma estrela que luzia de forma diferente, procuravam pelo recém-nascido Rei dos Reis. Estudos apontam para a possibilidade que os três fossem na verdade sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia. Ou ainda, que talvez fossem astrólogos ou astrônomos. Os três foram à presença de Herodes, rei dos judeus na época, e como se tratava do nascimento de um rei, perguntaram a ele onde Jesus havia nascido. Sentindo-se ameaçado, Herodes pediu aos orientais que tão logo encontrassem Jesus o informassem para que ele também fosse adorá-lo.

Conta a lenda que, guiados pela estrela natalina que os precedia, esta parou sobre o local onde nascera o Messias. Depois de adorá-lo e presenteá-lo, seguiram de volta à sua terra por outra rota, evitando o rei Herodes. O rei, alarmado e enfurecido, ordenou o massacre de todos os meninos menores de 2 anos.


São Nicolau

A lenda é baseada na história de um bispo chamado Nicolau, nascido na Turquia no ano 280. O religioso tinha o hábito de deixar sacolinhas com moedas de ouro próximo às chaminés das casas de famílias em dificuldades. Depois de sua morte, vários milagres foram atribuídos a ele, e seu túmulo local de grandes peregrinações de devotos em busca de graça.

Sua imagem foi associada à festa do Natal pela primeira vez na Alemanha e rapidamente espalhou-se pelo mundo. No Brasil, ficou conhecido como Papai Noel; nos EUA, Santa Klauss; e em Portugal, Pai Natal.

Até o fim do século 19, o Bom Velhinho era retratado usando uma roupa de inverno marrom. Mas, uma campanha publicitária da recém-criada Coca-Cola mudou as cores de sua roupa, retratando-o em trajes vermelho e branco, cores da marca. A campanha, muito bem-sucedida, espalhou pelo mundo inteiro a imagem do Papai Noel como a conhecemos hoje. De casaco e gorro vermelhos com barras brancas.

A estrela de Belém

Normalmente, é colocada no topo da árvore de Natal e, muitas vezes, sobre o presépio. Representa um dos sinais da chegada de Jesus, que guiou os três reis magos do Oriente até a Judéia. A estrela tem cinco pontas e uma cauda luminosa, como a de um cometa



A árvore de natal

É representada por um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas e coloridas. Para os cristãos, reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida. Para alguns teólogos, a figura da árvore representa o próprio Cristo, que, em alguns trechos das escrituras, é citado como árvore da vida. A lenda conta que três árvores próximas ao estábulo onde Jesus nasceu – uma oliveira, uma tamareira e um pinheiro – desejavam honrar o recém-nascido. A oliveira ofereceu azeitonas, a tamareira suas tâmaras, mas o pinheiro não tinha nada a ofertar. Então, do céu desceram estrelas e pousaram sobre seus galhos, oferecendo-se como presente.

Guirlanda e vela

Em muitos países, durante o Natal é costume fazer, com ramos de pinheiro, uma coroa ou guirlanda com quatro velas para esperar a chegada do Menino Jesus. As velas simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo acende-se a primeira vela, que simboliza o perdão a Adão e Eva. No segundo domingo, a segunda vela acesa representa a fé. A terceira vela simboliza a alegria do rei David, que celebrou a aliança e sua continuidade. A última representa o ensino dos profetas.

Fonte: Publicado no Jornal Estado de Minas e no Portal UAI.

http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_24/2008/12/24/ficha_fimdeano/id_sessao=24&id_noticia=6259/ficha_fimdeano.shtml

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DIA DO TEÓLOGO




Hoje é o Dia do Teólogo (30 de novembro). Parabéns para todos que lutam por fazer uma teologia cristã relevante e bíblica.

Sola Gratia - Sola Fide - Solus Christus - Sola Scriptura - Soli Deo Gloria

sábado, 21 de novembro de 2009

HISTÓRIA DO ANGLICANISMO


Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.

A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.

No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, o Grande, mandou uma comissão de monges, chefiada pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Cecília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária, figura centralizadora da Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Boa parte dos costumes celtas cederam à dominante forma romana e latina do cristianismo ocidental.

Em 1534, a Igreja da Inglaterra (Anglicana) se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se da questão com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.

Esta separação, não obstante tenha acontecido por interesses pessoais e políticos, era um velho sonho da Igreja da Inglaterra, que nunca tinha aceito plenamente a dominação Romana. Não se pode, portanto, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana. Este processo de separação, em meio à Reforma Protestante, não marcava o surgimento de uma nova Igreja, mas sim a alforria definitiva de uma Igreja Cristã que se desenvolvia desde o século III de nossa era.

ANGLICANISMO NO BRASIL

O primeiro templo cristão construído por protestantes no Brasil foi da Igreja Anglicana, sendo também o primeiro na América do Sul, construído no Rio de Janeiro. Isto foi possível em 1810, devido um acordo de comércio entre Portugal e a Inglaterra, no qual estava previsto a liberdade de os anglicanos construírem suas capelas em território brasileiro.

A princípio os anglicanos residentes no Brasil reuniam-se em residências e navios ingleses para realizarem seus cultos, antes da liberdade de construir capelas. Porém, as capelas não poderiam ter aspecto de templo e deveriam parecer uma casa comum, sendo proibido construir torres e ter sinos. Essas primeiras capelas ficaram subordinadas à Igreja da Inglaterra e eram somente para atender ingleses. Foram construídas capelas em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belém e Recife.

Aproximadamente nos anos 1860 houve a tentativa de se implantar a igreja anglicana voltada para o povo brasileiro. Para isso o missionário estadunidense Rev. Richard Holden tentou abrir a primeira missão em Belém do Pará, e depois em Salvador da Bahia, mas essas tentativa foram frustradas. Em 1890 missionários estadunidenses, egressos do Seminário de Virgínia, chegaram ao Rio Grande do Sul, onde estabeleceram as primeiras comunidades brasileiras. Em 1º de junho de 1890, James Watson Morrir e Lucien Lee Kinsolving realizam, na cidade de Porto Alegre, o primeiro ofício religioso do que se chamou na época, Igreja Protestante Episcopal no Sul dos Estados Unidos do Brasil, que foi o primeiro nome da Igreja Anglicana em terras brasileiras. Depois passou a se chamar Igreja Episcopal Brasileira, Igreja Episcopal do Brasil e ultimamente Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

A partir da década de 1990, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil começou a ter problemas internos, por razões semelhantes às ocorridas nos Estados Unidos — confronto entre liberalismo e ortodoxia —, e foi a essa altura que as Igrejas Anglicanas Independentes começaram a chegar no Brasil. Assim, as divisões no Anglicanismo aconteceram como em todas as outras denominações cristãs.

IGREJA EPISCOPAL DO EVANGELHO PLENO

A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP) foi organizada em 02 de janeiro de 1997, na cidade de Taboão da Serra-SP, como uma Igreja Cristã Independente sob a liderança do então Rev. Josué Souza Torres. No ano de 2005 a Igreja abraça o anglicanismo, sendo que em 15 de janeiro de 2006 Dom Josué recebe o episcopado em Sucessão Apostólica pela Comunhão Anglicana Independente (à época com sede na Inglaterra).

Hoje, além de sua sede (Catedral) em Taboão da Serra, a IEEP possui uma Missão em Belo Horizonte-MG e Pontos Missionários em São Paulo-SP, Embu da Artes-SP e Januária-MG. Importante é o fato de que a IEEP é uma Igreja Anglicana continuante, isto é, sem vínculos com a Sé de Cantuária ou com a sua representante no Brasil. No entanto, somos filiados à Fellowship of Confessing Anglicans (Fraternidade dos Anglicanos Confessantes) com sede na Inglaterra.

EM RESUMO:

Pelo exposto, compreendemos que os anglicanos são ao mesmo tempo: católicos (conectados à Igreja de Cristo espalhada por toda a terra), apostólicos (com legítima Sucessão histórica) e reformados (acolhem os ensinos básicos da Reforma Religiosa do Século XVI). São, portanto, uma espécie de síntese do Cristianismo ecumênico.




Fontes pesquisadas:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Anglicana (Acesso em 21/11/09)
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Anglicana_no_Brasil (Acesso em 21/11/09)
- Dom Josué Souza Torres, Bispo Primaz da IEEP

domingo, 15 de novembro de 2009

DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS


No dia de hoje, foi celebrado em toda a Igreja Episcopal do Evangelho Pleno o Dia de Ação de Graças, onde anualmente, rendemos graças a Deus por todas as suas boas dádivas com que nos tem agraciado.

Em nossa Missão em Belo Horizonte foi celebrada uma Eucaristia na parte da manhã contando com a participação de várias pessoas. Ficando a próxima celebração agendada para o domingo 06 de dezembro de 2009 às 10 horas (manhã).

Já em nossa Catedral em Taboão da Serra as celebrações se deram pela manhã e a noite como de costume.

Desta forma e por mais uma ano de vida, nossa Igreja rende graças a Deus!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

NOTA EPISCOPAL 03/2009


A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno com sede na cidade de Taboão da Serra – SP, bem como todas as suas Missões e comunidades espalhadas por diversos pontos do Brasil, tem amparo legal, sendo uma Igreja devidamente registrada na forma da lei brasileira, portanto pode incorrer em Crime de Difamação ou de Calúnia, sem prejuízo das demais cominações legais, quem vier atacar ou criticar os nossos Diáconos, Sacerdotes, Bispo e Igreja sob o pretexto de “IGREJA FALSA, FALSO SACERDOTE, FALSO BISPO OU SACRAMENTO FALSO (INVÁLIDO)”.

Segue a baixo o alicerce da Liberdade Religiosa no Brasil, a Cláusula Pétrea que garante a cada um de nós o direito de escolher e de freqüentar e sermos assistidos religiosamente pela Igreja que quisermos, não tendo os outros nenhum direito à crítica, ameaças ou intimidações.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 5.º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgia;

VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
 

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

 

LEI N.º 9.459, DE 13 / 05 /1997 (que deu nova redação aos arts. 1.º e 20, da Lei n.º 7.716, de 05/01/1989)

 

Art. 1.º - Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceitos de raça, cor etnia, religião ou procedência nacional.

 
Art. 20 Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

Art.208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso;

 

Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa, de mil cruzeiros a seis mil cruzeiros.

Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

 

Art. 209 - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:

Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa, de mil cruzeiros a seis mil cruzeiros.

Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS


"Senhor Jesus, tu rogaste para que todos sejam um. Nós te pedimos pela unidade dos cristãos, como tu a queres, pelos meios que quiseres. Que teu Espírito nos faça provar o sofrimento da separação, ver nosso pecado e esperar contra toda esperança. Amém". (CCN).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VOCÊ SABE O QUE É RITO ANGLO-CATÓLICO?


O Rito Anglo-Católico surgiu na Igreja da Inglaterra no século XIX com o Movimento de Oxford que visava resgatar os aspectos litúrgicos católicos do anglicanismo(http://pt.wikipedia.org/wiki/Anglo-catolicismo ).

Este Rito é extremamente semelhante ao rito católico comum, com o sacerdote ordenado em sucessão apostólica, devidamente paramentado (“batina”) conforme as cores litúrgicas, só que com maior flexibilidade para atender o casal segundo o seu próprio perfil. É, portanto, um rito independente, seguindo a tradição inglesa (“anglo”) e NÃO a romana.

Por seu aspecto ecumênico, um celebrante em Rito Anglo-Católico pode atender, para casamento, pessoas de todas as Igrejas, inclusive divorciados, seja em sítios, buffets, hotéis, residências ou capelas particulares. Nossa Igreja celebra também em Rito Anglo-Católico.

Atenção! O Rito Anglo-Católico NÃO está vinculado à Igreja Católica Romana.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

NOTA EPISCOPAL 02/2009


É VÁLIDO O BATISMO CONFERIDO PELA IEEP?



A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP) é uma Igreja Anglicana continuante, filiada a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (Fellowship of Confessing Anglicans) e portanto, confere o batismo em rito anglicano.

Algumas pessoas, principalmente católicas, nos questionam: É válido o batismo conferido pela IEEP? Para sanar, de forma insuspeita, esta questão vejamos a posição católica, através da Paróquia São José da Diocese de São Miguel Paulista em São Paulo que nos diz:

“Certamente é valido o Batismo celebrado pelas Igrejas Ortodoxas, Anglicanas...”
(http://www.acaojose.com.br/displaycol_infoh.asp?id=5161&categ=Colunista&sessao=Hunaldo – Acesso em 03/11/09 - grifo nosso).

Igualmente esclarece a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro: "O Batismo é administrado uma só vez na vida de uma pessoa. Assim, deve ser levada em conta a validade ou não do Batismo realizado por outras confissões cristãs conforme as normas do cânon 869§2 e 3.
a) Certamente é valido o Batismo celebrado pelas Igrejas Ortodoxas, Anglicanas, Luteranas, Metodistas, Presbiterianas, Batistas, Adventistas, Assembléia de Deus, Congregacionais e a maioria das Igrejas Pentecostais. (http://www.e-padre.com/default.asp?secao=documentos.asp&cod_cat=3 - grifo nosso).

Assim sendo, todo batismo anglicano, que é sempre realizado com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, na intenção de inserir o batizando no Corpo de Cristo, é completamente válido, inclusive para a Igreja Católica, como se vê no link citado; logo, isto inclui o batismo celebrado por nossa Igreja que assim: “certamente é válido”.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O CRISTÃO E A MORTE




Nosso calendário marca a 2 de novembro o conhecido “Dia dos finados”, diante deste fato ficamos a refletir: O que é a morte para o cristão? Como devemos encará-la? Com medo, angústia, esperança, expectativa?

O ser humano não nasceu para morrer, mas a morte foi introduzida em nosso mundo de forma irreversível como conseqüência do pecado humano e como juízo de Deus sobre tal pecado (Rm 6.23; Gn 2.16,17).

Logo, a morte é algo estranho e em certo sentido amedrontador, mesmo para os salvos em Cristo (Mt 26.38-39) que tem em si a promessa de uma vida eterna e melhor (Jo 3.16; Jo 14.1-3), por se tratar de juízo divino e algo não natural originalmente.

Todo cristão, mesmo que tenha um natural medo de morrer (instinto de sobrevivência), tem a infalível promessa e garantia de Deus, de que se ele creu em Cristo Jesus, entregando-se a Ele de todo o coração nessa vida, ao partir, por mais humilde que seja, essa pessoa partirá seguro pelas benditas mãos do Salvador Jesus e com Ele se encontrará em eternidade de alegrias (Fp 1.21-23).

Portanto, cabe a todos nós que seguimos a Jesus Cristo, proclamarmos o Seu santo evangelho, para que o maior número possível de pessoas nele creiam e alcancem a graça da salvação eterna (At 4.12), isto nesta vida, pois depois da morte está selado o destino eterno de cada um (Hb 9.27).

Soli Deo Gloria!



Rev. Sandro+


Extraído de: "Meditações para o dia a dia 2009", p. 314 (Editora Vozes).

sábado, 31 de outubro de 2009

E A REFORMA TINHA RAZÃO...










A Reforma Protestante do Século XVI foi um movimento dentro da Igreja Cristã com vistas a trazer o Cristianismo de volta ao Evangelho e aos valores fundamentais das Escrituras. No entanto, muitos de seus postulados só foram aceitos pela Igreja Católica no Concílio Vaticano II (1962-1965). E não é que a Reforma tinha razão...

+ A Reforma propunha que a celebração cristã acontecesse em língua vernácula, no Concílio Vaticano II Roma aceitou este fato.

+ A Reforma propunha que na celebração cristã o oficiante estivesse voltado para o povo, no Concílio Vaticano II Roma aceitou este fato.

+ A Reforma propunha que a Bíblia fosse traduzida na linguagem do povo, no Concílio Vaticano II Roma aceitou este fato.

+ A Reforma propunha que a Bíblia fosse colocada na mão dos leigos para que todos tivessem acesso à Palavra de Deus, no Concílio Vaticano II Roma aceitou este fato.

+ A Reforma propunha que a educação cristã (catequese) fosse aberta a todo o povo, no Concílio Vaticano II Roma aceitou este fato.

+ A Reforma propunha que a Salvação se dá exclusivamente pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Ef 2,8-9), Em 1999 Roma aceitou este fato fundamental e básico da fé cristã em Documento assinado pela Igreja Romana e a Federação Luterana Mundial.


Da mesma forma, ainda existem muitos ensinos da Reforma que Roma bem faria em acatar, como o celibato opcional do clero, a comunhão sob duas espécies, a confissão comunitária diretamente a Deus, a conciliaridade, entre outros. Muitas vezes, Roma tem agido com lentidão custando a abrir mão de velhas tradições, o que é lamentável, pois entre outras coisas, emperra o diálogo ecumênico.

Se Roma tivesse sido mais flexível, Lutero teria conseguido o que almejava, reformar a Igreja Cristã, mas com o espírito de intolerância da época, dividiu-se, mais uma vez, a Cristandade; hoje todos lamentamos!!!


Rev. Sandro+

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ROMA E OS ANGLICANOS: ALGUMAS REFLEXÕES



No último dia 20 de outubro de 2009, o Vaticano comunicou que estará publicando uma “Constituição Apostólica” possibilitando recepcionar na Igreja Católica clérigos e leigos oriundos do anglicanismo (cantuariano e continuante). Esta notícia gerou certo alvoroço no meio cristão e em especial entre os simpatizantes da ala anglo-católica, haja vista que os anglicanos protestantes não se interessam em regressar à Igreja de Roma. No entanto, algumas reflexões precisam ser feitas sobre este tema:


1.Roma continua não reconhecendo as ordens anglicanas, o clérigo que for recepcionado na Igreja Católica deverá ser reordenado.

2.Roma continua não reconhecendo o divórcio, motivo que levou muitos a saírem das fileiras romanas para as anglo-católicas, portanto, ela não deverá recepcionar ninguém em segundas núpcias em seu ministério e nem permitir a celebração de casamento para divorciados, algo absolutamente comum no anglicanismo.

3.Roma continua não reconhecendo a ordenação feminina, algo aceito por grande parte do anglicanismo.

4.Roma continua não reconhecendo o chamado “casamento” homossexual, o que exclui de suas fileiras boa parte dos clérigos anglicanos liberais.

5.Roma restringe ao presbiterado o ministério de homens casados, portanto estes sacerdotes nunca serão escolhidos como bispos.

6.Roma criou esta “Constituição Apostólica” em resposta ao pedido de tradicionalistas anglicanos (continuantes, inclusive), portanto, ela visa, prioritariamente, receber clérigos que possuam comunidades reais, com fiéis e não clérigos com comunidades virtuais, como acontece em muitos casos.

7.Roma estipulará, de certo, requisitos a serem cumpridos pelos postulantes a esta recepção e estes requistos passam pela subscrição integral da doutrina romana - não são poucos os anglo-católicos que afirmaram só acolher os sete Concílios da Igreja Indivisa e alguns rejeitaram inclusive a cláusula “filioque” do Credo Niceno, todos esses terão de voltar a trás.

8.Roma pedirá, de certo, um mínimo de formação teológica adequada aos postulantes à recepção, requisito que boa parte dos que se apresentam atualmente como anglo-católicos não preenche.


Assim sendo, penso ser necessário aguardarmos mais e esperarmos a publicação do Documento. Aos que desejarem caminhar com a Igreja Romana que Deus os abençõe e aqueles que pretenderem continuar no anglicanismo, que Deus os ilumine e em todo o caso: “seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu”.



Rev. Sandro+

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

EUCARISTIA


Eucaristia, do grego, "ação de graças", é o termo que se usa para definir o mais importante ato do culto cristão, também chamado de Santa Comunhão, Santa Ceia ou Ceia do Senhor.

De fato, toda vida cristã deve ser uma constante ação de graças ao Criador por sua bondade para conosco, mas os cristãos, desde sempre, privilegiaram momentos especiais para que neles se celebrasse a Eucaristia, por isso vemos que a primitiva Igreja já celebrava dominicalmente a Sagrada Comunhão (At 20,7).

Desta forma nós, estamos celebrando a Eucaristia em Belo Horizonte/MG nas dependências do Buffet Sandrina Lobão - Rua Rio Pomba, 495 - Bairro: Pe. Eustáquio, uma vez por mês, sendo a próxima celebração dia 15/11/09 às 10 horas (manhã). Maiores informações, fale com o Reverendo Sandro: (31) 8853-8131.

Já na Catedral em Taboão da Serra/SP, a Eucaristia é celebrada todos os domingos às 10 e às 18 horas - Rua Antônio Oliveira Salazar, 515. Informações, fale com o Bispo Dom Josué: (11) 9172-8202.

Todos são bem-vindos às nossas celebrações!

sábado, 10 de outubro de 2009

RITO ANGLICANO


No anglicanismo é possível adotar uma diversidade enorme de Ritos Cristãos nas celebrações. Assim também, ocorre particularmente em nossa Igreja, onde adotamos tanto o Rito Anglo-católico (high church), como o Rito Ecumênico (broad church) e também o Rito Evangelical (low church); todos de forma lícita e válida.



Para efeito meramente ilustrativo, colocamos a seguir um vídeo norte-americano com uma demonstração do Rito Anglo-católico, rito este também em uso em nossa IEEP:


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ANGLICANISMO


A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno é uma Igreja que recebeu sua sucessão apostólica da Comunhão Anglicana Independente e está, atualmente, filiada a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes, sendo assim uma Igreja de ethos e rito anglicano, independente da sé de Cantuária. Mas, o que é o anglicanismo? Anglicanismo é...

“Uma teologia moderadamente protestante sob a forma de governo eclesiástico e liturgia moderadamente católicas”.

Fonte: Olson, Roger. História da Teologia Cristã. Editora Vida, p. 443.


Outras definições de anglicanismo, mais populares mas não menos verdadeiras são as seguintes: Anglicanismo é "a mais reformada das igrejas católicas e a mais católica das igrejas reformadas"; ou Anglicanismo é "católico mas não romano, protestante mas não presbiteriano"; ou ainda o Anglicanismo é "uma igreja ponte" (entre protestantes e católicos).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ANGLO-CATOLICISMO


O termo Anglo-catolicismo descreve pessoas, grupos, idéias, costumes e práticas dentro do anglicanismo que enfatizam a continuidade com a tradição católica.

O Anglicanismo, sendo embora uma única Igreja, está na prática dividido em dois ramos, os "Anglicanos da Alta Igreja", também chamados Anglo-Católicos e os "Anglicanos da Baixa Igreja", também conhecidos como a facção Evangélica. Embora todos os elementos da Comunhão Anglicana recitem os mesmos credos, os Anglicanos da Baixa Igreja tratam a palavra Católico no credo como um mero sinónimo antigo para universal, ao passo que os Anglicanos da Alta Igreja a tratam como o nome da igreja de Cristo à qual pertencem eles, a Igreja Católica, e outras igrejas da Sucessão Apostólica.

O Anglo-Catolicismo tem crenças e pratica rituais religiosos semelhantes às da Igreja Católica. Os elementos semelhantes incluem na celebração de sete sacramentos, a crença na Real Presença de Cristo na Eucaristia (mas não a transubstanciação, a devoção à Virgem Maria e aos santos (mas não hiperdulia ou crença em intercessão), a descrição do seu clero ordenado como "padres", o vestir vestimentas próprias na liturgia da igreja, e por vezes até mesmo a descrição das suas celebrações Eucarísticas como Missa. A sua principal divergência da Igreja Católica reside no estatuto, poder e influência do Bispo de Roma. Também na crença e aderência aos 39 Artigos de Religião, que definiu o Anglicanismo como denominação protestante. Usa também o Livro de Oração Comum em sua liturgia.

O desenvolvimento da ala Anglo-Católica do Anglicanismo teve lugar principalmente no Século XIX e está fortemente associado ao Movimento de Oxford. Dois dos seus líderes, John Henry Newman e Henry Edward Manning, ambos ordenados cléricos anglicanos, acabaram por aderir à Igreja Católica e por se tornarem Cardeais.

Embora o termo Catolicismo seja geralmente, e erradamente, usado para designar apenas a Igreja Católica Apostólica Romana, muitos Anglo-Católicos usam-no para se referirem também a si próprios, como parte da Igreja Católica geral (e não apenas Romana). Na verdade, algumas igrejas anglicanas, como a Catedral de St. Patrick em Dublin ou a "Catedral Nacional" da Igreja da Irlanda (anglicana), referem-se a si próprias como parte da "Comunhão Católica" e como "Igrejas Católicas" em anúncios dentro e em torno delas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anglo-catolicismo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL


No próximo sábado, 10/10/09, nossa Igreja estará promovendo uma festa especial para as Crianças, em comemoração ao "Dia das Crianças", a partir de 13 horas. Venha e participe!


No mesmo dia, na parte da noite, haverá um chá especial para as mulheres e todas são bem-vindas em nossa Igreja sede.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

BASES DE NOSSA FÉ


“Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (Col. 1:18).

Cremos:

* Na Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, um só Deus eterno, amoroso, poderoso e onisciente;

* Aceitamos os 66 livros canônicos do Antigo e Novo Testamento como a verdadeira Palavra de Deus, a única regra de fé e conduta cristãs, suficiente para a salvação, suprema em sua autoridade, pela qual a Igreja deve sempre se reformar e julgar suas tradições;

* Cremos que o homem pecador e culpado, é justificado por Deus tendo por base apenas a morte expiatória de Cristo, somente pela fé; e que as boas obras de um santo viver seguem a justificação como sua própria evidência;

* Reconhecemos a Jesus Cristo como nosso único e todo suficiente mediador entre Deus e o homem, e a sua morte como o único sacrifício pelos pecados;

* Cremos nos dois Sacramentos: Santa Comunhão e Santo Batismo como instituídos e autorizados pelo próprio Senhor;

* Reconhecemos os cinco Ritos Sacramentais ou ainda também chamados Ordenanças Sacramentais: Confirmação, Penitência, Sagradas Ordens, Matrimônio e Unção – como parte da vida regular dos fiéis, trazendo a sanção e o favor de Deus para suas vidas;

* Aceitamos o sacrifício expiatório de Cristo na cruz, feito uma só vez para sempre, em favor de todos os que nEle crêem e O aceitam; Cremos no livre acesso do pecador a Deus pela fé e a oração, sendo Cristo seu único mediador;

* Cremos na eficácia da oração pessoal, coletiva ou intercessória, como hábito recomendável de refrigério para a vida espiritual e aceitável por Deus;

* No dever das boas obras feitas com amor, as quais não se tornam veículos de salvação, mas expressões concretas de uma vida de fé;

* Na regeneração ou novo nascimento espiritual, pelo arrependimento do pecador e obra do Espírito Santo;

* Na autoridade da Igreja, a qual jamais perecerá e está representada nas primitivas e históricas Ordens de Bispos, Presbíteros (sacerdotes) e Diáconos;

* Na utilidade da assistência regular aos Ofícios Divinos realizados na língua do povo e por Ministros que representam a autoridade Apostólica e são chefes dos seus próprios lares;

* Cremos no conteúdo dos Credos Apostólicos e Niceno, sumários da fé universal dos cristãos e aceitos desde os primeiros séculos de nossa era;

* No valor histórico e docente dos XXXIX Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra, como uma coerente explicação das Escrituras;

* Na construção constante da Igreja baseada no testemunho da Bíblia, dos Credos e da Tradição, interpretados pela razão e sujeitos sempre à orientação do Espírito Santo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

BATIZADOS


No mês de setembro/2009 foram recebidos pelo Sacramento do Santo Batismo na Igreja Episcopal do Evangelho Pleno vários irmãos, tornando-se assim membros do Corpo de Cristo. Realizou esta cerimônia o Bispo Primaz - Dom Josué Souza Torres. Aos novos cristãos, nossos votos de muitas felicidades e perseverança em Cristo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

UTILIDADE PÚBLICA


Em um gesto de amor cristão a Igreja está disponibilizando todos os domingos após o Culto das 18 horas, na Catedral, a possibilidade de se medir, gratuitamente, a pressão arterial e a glicose de pessoas de quaisquer crenças, raças ou nível social. Basta comparecer ao local e serão devidamente atendidos.

Rua Antônio Oliveira Salazar, 515 - Taboão da Serra/SP

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

EVENTOS NA CATEDRAL





A Catedral 'A Vitória de Cristo' da IEEP em Taboão da Serra/SP estará realizando diversos eventos significativos. Neste domingo, dia 06/09/09: às 15 horas acontecerá o 3º Café dos Homens, contando com a presença do Pr. Egnaldo (OMEBE) e no Culto das 18 horas, haverá uma apresentação especial do "Coral da Catedral".


Já no dia 19/09/09 haverá o 4º Impacto Jovem, a partir das 19:30 horas, com apresentações teatrais e diversos eventos. Todos são bem-vindos e a entrada é sempre franca.


Nosso endereço é: Rua Antonio de Oliveira Salazar, 515 - jdim São Salvador - Pirajussara - Taboao da Serra - SP

Maiores informações: (11) 4137-4879.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

NOTA EPISCOPAL 01/2009


A Igreja Episcopal do Evangelho Pleno manteve, ao longo de sua história, diversas intercomunhões com outras Igrejas e instituições cristãs. No entanto, atualmente só é filiada a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes – FCA, desta forma, quaisquer outras intercomunhões que no passado tenhamos feito não estão mais em vigor.


Taboão da Serra, 12 de agosto de 2009.


Dom Josué S. Torres
Bispo Primaz da IEEP

AÇÃO SOCIAL





Todas as segundas e quintas feiras, de 6:30 às 9 horas, nossa Igreja em Taboão da Serra/SP, atende 100 idosos e 50 crianças carentes com café, chá e pão, distribuição de leite, roupas, sapatos e etc. Sob direção de Dom Josué S. Torres e com o apoio das senhoras da Igreja que voluntariamente fazem este trabalho.

Além disto, oferecemos assistência espiritual e aconselhamento, ouvindo as pessoas nos seus problemas familiares e outros. Atendemos a todos, independente de sua religião.

Informações: Rua Antônio Oliveira Salazar, 515.


Em Belo Horizonte/MG, a nossa Missão Bom Pastor apoia, com doações financeiras, o Hospital Mário Penna.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

1º SEMINÁRIO DE VIDA NO ESPÍRITO SANTO





Com Dom Josué S. Torres, na Igreja sede em Taboão da Serra: Rua Antônio Oliveira Salazar, 515, de 13 a 15 de agosto de 2009 (quinta a sábado) às 19:30 horas e no domingo dia 16 as 9 e 18 horas.

Maiores informações: (11) 4137-4879.

domingo, 9 de agosto de 2009

DIA DOS PAIS




Para refletir:


PAPAI


Aperta a minha mão com segurança, enquanto ela cabe entre as tuas...
Envolve-me com teus braços, enquanto meu corpo frágil ainda pode ser envolvido por eles...
Ouve-me com atenção, enquanto estou perto de ti e podes ouvir-me...
Sorri comigo, enquanto estamos juntos e o som dos nossos risos se confunde...
Consola-me quando eu chorar, enquanto podes enxugar as minhas lágrimas...
Acompanha-me no meu dormir, enquanto sou pequeno e temo a noite...
Ensina-me e corrige-me quando necessário, enquanto estou crescendo e aprendo fácil...
Fala-me de Deus, enquanto estou contigo e posso ouvir-te...
Enfim, Papai encontra-me no meu mundo de criança, enquanto tu podes achar-me...!


(Mensagem dada ao Rev. Sandro por seu amado filho Felipe no Dia dos Pais de 2006)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

REQUISITOS COMPLEMENTARES PARA RECEPÇÃO NA IEEP





Nos últimos tempos muitos clérigos e aspirantes às Sagradas Ordens tem procurado nossa Igreja no intuito de se ordenarem ou se incardinarem na mesma. Normalmente tratam-se de três tipos de pessoas: aqueles que não são ordenados e desejam sê-lo; aqueles que são ordenados em Igrejas sem sucessão apostólica e desejam uma ordenação canônica e aqueles que já são ordenados canônicamente e desejam um lugar para desenvolverem seus ministérios.

A nossa Igreja sempre teve por princípio acolher a todos com amor e respeito. Decidimos nesta data colocar Requisitos Complementares (possuímos outros Requistos em vigor desde 14/11/06) para aqueles que desejarem ser recepcionados na IEEP.

Aqueles que desejarem aderir a nossa jurisdição eclesiástica precisam se enquadrar nos seguintes requisitos:

1.Entender e aceitar que a IEEP é uma Igreja Anglicana, independente da Sé de Cantuária, que adota os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra, o Quadrilátero de Chicago-Lambeth, o Credo Apostólico e o Credo Niceno como suas declarações oficias de fé e quem aderir a nossa Igreja precisa, bona fide, subscrevê-los.

2.Entender e aceitar que como anglicanos nós somos uma Igreja Protestante com traços de catolicidade apostólica, logo, não somos uma Igreja Católica nacional e nem uma Igreja neo-pentecostal.

3.Entender e aceitar que a IEEP é uma jurisdição ecumênica em seus relacionamentos eclesiais, mas conservadora e bíblica em sua teologia.

4.Entender e aceitar que a IEEP, sendo uma Igreja de governo episcopal, tem uma única personalidade jurídica (em sua Sé Primacial) e portanto, aquele que desejar aderir a nossa Igreja precisa primeiro reformar seu Estatuto de pessoa jurídica conforme modelo da IEEP submetendo sua comunidade à nossa Sé Primacial, e em caso de pessoa física, deverá primeiro, desligar-se pacificamente da denominação anterior antes de ingressar na IEEP.

5.Entender e aceitar que todos os clérigos da IEEP precisam enviar relatório anual de atividades ministeriais ao Bispo Primaz e contribuir financeiramente com a Sé Primacial com uma anuidade que deverá ser de no mínimo 30% de um salário mínimo, sendo qualquer contribuição superior a este valor muito bem vinda para o crescimento de nossa obra missionária e assitencial. A citada contribuição deverá ser efetuada, preferencialmente, no primeiro trimestre de cada ano e o relatório supra mencionado deverá ser entregue no mês de janeiro do ano subsequente ao ano relatado.

Qualquer pessoa que não se enquadre in totum nestes requisitos, que não são negociáveis, tem a liberdade de buscar outra jurisdição eclesiástica.

Taboão da Serra, 04 de agosto de 2009
Dia do Clérigo


Dom Josué S. Torres
Bispo Primaz

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

QUEM SÃO OS EPISCOPAIS ANGLICANOS?





A Igreja Episcopal ou Anglicana já foi definida, com alguma razão, como a “mais católica das Igrejas Reformadas e a mais reformada das Igrejas Católicas”.

Os episcopais/anglicanos subdividem-se em várias Comunhões, Províncias, Jurisdições e Dioceses das quais a mais importante, e não a única, seria a Comunhão Anglicana presidida pelo Arcebispo de Cantuária (hoje em franco processo de esfacelamento).

Na verdade, no episcopalismo (anglicanismo) cada Diocese é uma igreja particular presidida por seu bispo e ela pode ou não filiar-se à Províncias nacionais (também autônomas) que podem ou não se unir em Comunhões internacionais. Nada disto qualifica ou desqualifica um grupo como episcopal/anglicano.

O episcopado é uma das três principais formas de governo eclesiástico em uso na Igreja de Cristo, mas não basta adotar o governo com bispos para se ser episcopal. Existem critérios objetivos, universalmente aceitos, que qualifica quem é e quem não é um verdadeiro episcopal. Estes critérios são conhecidos como “Quadrilátero de Chicago-Lambeth” de 1886-1888, são eles:

a) Crer que as Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos contêm todas as coisas necessárias à salvação como regra e norma última de fé;

b) Acolher o Credo dos Apóstolos, como símbolo batismal, e o Credo Niceno, como declaração suficiente da fé cristã

c) Aceitar os dois sacramentos ordenados pelo próprio Cristo: o Batismo e a Eucaristia, administrados com o uso indefectível das palavras da instituição de Cristo e os elementos ordenados por Ele;

d) Adotar o Episcopado Histórico, adaptado localmente nos métodos de sua administração às diversas necessidades das nações e povos chamados por Deus à unidade de sua Igreja.

Eis o que é realmente essencial para qualificar uma Igreja como Episcopal/Anglicana. O episcopalismo (anglicanismo) dá liberdade teológica e litúrgica para seus ministros e seu povo naquilo que é secundário, se alguém acolhe estes quatro pontos essenciais, é um verdadeiro episcopal/anglicano.

Isto não quer dizer que todos os episcopais/anglicanos caminhem juntos, ao contrário existem enormes diferenças teológicas e litúrgicas entre as diversas jurisdições e até dentro de cada uma delas, mas isto não exclui do episcopalismo (anglicanismo) determinado grupo.

Os episcopais/anglicanos contribuíram em muito com o Cristianismo, por exemplo, os principais comentaristas da Bíblia de Genebra são episcopais/anglicanos, o inventor do “colarinho clerical” foi um episcopal/anglicano, o Dia da Bíblia celebrado pelos evangélicos no 2º Domingo de Dezembro foi uma criação episcopal/anglicana e o verdadeiro Santo Sepulcro em Israel, está sob a guarda dos episcopais/anglicanos.

Estes são os episcopais/anglicanos, no Brasil temos mais de uma dezena de jurisdições episcopais independentes, cada qual com sua própria maneira de ser, mas todas fiéis ao citado Quadrilátero, e buscando, a seu modo, melhor servir a Deus e ao próximo.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

ORDEM DOS MINISTROS EVANGÉLICOS NO BRASIL E NO EXTERIOR




Em 11 de julho de 2009 Dom Josué Souza Torres, Bispo Primaz da IEEP, foi eleito 2º secretário da OMEBE (Ordem dos Ministros Evangélicos no Brasil e no Exterior) secção Taboão da Serra/SP. Ele está registrado nesta Ordem sob o nº 7.928. Nossa Igreja, através de seu Bispo Primaz, tem então seu ministério reconhecido também por esta importante instituição cristã.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

FRATERNIDADE DOS ANGLICANOS CONFESSANTES - FCA





No último dia 06 de julho de 2009, em um clima de entusiasmo, e sob o lema “Permaneça Firme!”, 1.700 clérigos e leigos da Igreja da Inglaterra, se reuniram no Central Hall, em Westminster, foi lançada no Reino Unido a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (FCA), como entidade aglutinadora dos anglicanos ortodoxos, e como resultado do congresso Gafcon, que se reuniu no ano passado em Jerusalém. A rainha Elizabeth II e o Arcebispo de Cantuária Rowan Williams enviaram mensagens diplomáticas. Foram preletores, dentre outros, os Primazes do Cone Sul, Gregory Venables, e da América do Norte (ACNA), Robert Duncan.

A FCA está aberta para filiação de pessoas e instituições anglicanas, vinculadas ou não à Sé de Cantuária (www.fca.net).

No dia de hoje, 17/07/2009, a Igreja Episcopal do Evangelho Pleno filiou-se à FCA.


Fonte: www.anglican-mainstream.net

quinta-feira, 16 de julho de 2009

RAINHA ELIZABETH II APOIA ALA CONSERVADORA DA IGREJA ANGLICANA




Segundo o tabloide Daily Telegraph, a Rainha Elizabeth II manifestou seu apoio à ala conservadora da Igreja Anglicana no Reino Unido, que condena a homossexualidade.

O bispo Nazir-Ali, da Comunhão Anglicana, disse recentemente que gays têm de se arrepender e mudar seu comportamento. Segundo o jornal, a Rainha teria enviado duas cartas apoiando esta postura e afirmando que é contra as relações entre pessoas do mesmo sexo e também a ordenação de padres gays.


Fonte: http://www.dar.org.br/noticias09/news/news_item.asp?NewsID=4633

sexta-feira, 10 de julho de 2009

NOME



Muitas pessoas tem indagado sobre o nome de nossa Igreja, a saber, Igreja Episcopal do Evangelho Pleno. Questionam "Evangelho Pleno". Existe evangelho pela metade?

Claro que não existe um evangelho pela metade, mas existe vivência do evangelho pela metade ou até bem menos do que isso.

Por exemplo, há cristãos que só se preocupam com a salvação da alma e se esquecem da transformação engajada do aqui e agora. Pensam só em termos espirituais e esquecem-se do mundo físico onde vivemos. Quem assim procede não vive a plenitude do evangelho.

Da mesma forma, aquele que só se preocupa com o lado social do evangelho, deixando a parte espiritual como algo de segundo categoria, também esse erra e não vive a plenitude do evangelho.

A proposta de nossa Igreja é um evangelho completo para um homem completo. E é essa vivência em plenitude que o nosso nome sugere.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

PRESENÇA




Diante da pluralidade religiosa brasileira e mundial muitas igrejas tem adotado a forma episcopal de governo eclesiástico e outras tantas tem abraçado o ethos anglicano, principalmente no viés continuante.

Para que não se estabeleça qualquer dúvida na mente dos fiéis é de bom tom esclarecer que a Igreja Episcopal do Evangelho Pleno tem como Bispo Primaz - Dom Josué S. Torres e sua sede está na cidade de Taboão da Serra/ SP, mantendo ainda Missões em São Paulo/SP, Embú das Artes/SP, Belo Horizonte/MG e Januária/MG. Estamos filiados a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (FCA), nenhuma outra instituição religiosa está formalmente vinculada à nossa IEEP.

Assim sendo, quem precisar de maiores informações sobre nossa jurisdição eclesiástica ligue diretamente para a sé primacial pelo telefone: (11) 9172-8202.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

IDENTIDADE ECLESIAL






Diante da imensa diversidade existente no anglicanismo mundial e brasileiro, o que inclusive o caracteriza, a Igreja Episcopal do Evangelho Pleno (IEEP) vem a público esclarecer:


Que a referida Igreja é uma Igreja Anglicana continuante, isto é, indepentente e sem vínculos com a Sé de Cantuária ou com seus representantes no Brasil.

Que embora o anglicanismo tenha origem em tempos muito remotos, o mesmo só tomou a forma atual devido a Reforma Religiosa do século XVI, sendo assim, no nosso ponto de vista, o anglicanismo é parte inseparável do Movimento Reformado.

Que embora o anglicanismo seja reformado conserva-se também "católico", isto é, mantém-se ligado à Igreja Cristã universal, como era nos primeiros séculos do Cristianismo, conservando traços de catolicidade, e não de romanidade, ou seja, preserva gestos, ritos, vestimentas e formas próprios da Igreja antiga, que não são patrimônio exclusivo do viés romano do Cristianismo.

Que a sucessão apostólica em nossa Igreja vem da Comunhão Anglicana Independente, cujas linhas são aceitas por válidas em várias jurisdições eclesiásticas.

Que nossa Igreja adota a pluralidade de práticas litúrgicas como é comum no anglicanismo, tendo como referencial doutrinário básico os Credos Apostólico e Niceno e como referencial histórico os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra.

Que no nosso entendimento, as Igrejas Anglicanas não são, pelo exposto acima, “Igrejas Brasileiras” mas Igrejas Católicas Reformadas que conservam aspectos ou traços da Catolicidade, mas também da Reforma.

Que até o presente momento nossa Igreja não possui vínculos eclesiásticos formais com nenhuma outra jurisdição eclesiástica anglicana no Brasil, sendo filiada internacionalmente só a Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (FCA).

Que ninguém fala oficialmente pela Igreja a não ser o seu Bispo Primaz ou quem ele autorizar para tanto.

Que esta Igreja entende por ecumenismo a relação de diálogo com outros grupos cristãos, o que não exige compromisso litúrgico ou doutrinário de lado a lado, entendendo-se por cristãos aqueles que, sem reservas mentais, acolhem integralmente os ensinos do Credo Apostólico.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DOUTOR EM DIVINDADE INTERNACIONAL


Dom Josué foi agraciado com o título internacional de Doutor em Divindade pela Corpus Christi Ecumenical Fellowship de Nova York (EUA).

Muito agradecemos a Deus e louvamos o nome de Jesus Cristo por esta bênção.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

OS 39 ARTIGOS DE RELIGIÃO


Livro de Oração Comum da Igreja Episcopal do Brasil (1950), p. 601-611.



ARTIGO I – DA FÉ NA SANTÍSSIMA TRINDADE.

Há um único Deus, vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo, sem partes nem paixões[1], de infinito poder, sabedoria e bondade; Criador e Conservador[2] de todas as coisas visíveis e invisíveis. E na unidade desta Divindade há três Pessoas, da mesma substância, poder e eternidade: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.



ARTIGO II – DO VERBO OU FILHO DE DEUS, QUE SE FEZ VERDADEIRO HOMEM

O Filho, que é o Verbo do Pai, gerado ab aeterno[3] do Pai, verdadeiro e sempiterno Deus, e consubstancial com o Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita Virgem e da Sua substância; de sorte que as duas inteiras e perfeitas Naturezas, isto é, Divina e Humana, se reuniram em uma Pessoa, para nunca mais se separarem, das quais resultou Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem; que verdadeiramente padeceu, foi crucificado, morto e sepultado, para reconciliar Seu Pai conosco, e ser vítima não só pela culpa original, mas também pelos atuais pecados dos homens.



ARTIGO III – DA DESCIDA DE CRISTO AO HADES.

Assim como Cristo morreu por nós, e foi sepultado; assim também deve ser crido que desceu ao Hades.



ARTIGO IV – DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

Cristo verdadeiramente ressurgiu dos mortos e tomou de novo o Seu corpo, com carne, ossos e tudo o mais pertencente à perfeição da natureza humana; com o que subiu ao Céu, e lá está assentado, até que volte a julgar todos os homens, no derradeiro dia.



ARTIGO V – DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo, procedente do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e glória que o Pai e o Filho, verdadeiro e eterno Deus.



ARTIGO VI - DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS PARA A SALVAÇÃO

A Escritura Sagrada contém todas as coisas necessárias para a salvação; de modo que tudo o que nela não se lê, nem por ela se pode provar, não deve ser exigido de pessoa alguma seja crido como artigo de Fé ou julgado como requerido ou necessário para a salvação. Pelo nome de Escritura Sagrada entendemos os Livros canônicos do Velho e Novo Testamentos, de cuja autoridade jamais houve qualquer dúvida na Igreja.



DOS NOMES E NÚMEROS DOS LIVROS CANÔNICOS

Gênesis

Êxodo

Levítico

Números

Deuteronômio

Josué

Juízes

Ruth

Primeiro Livro de Samuel

Segundo Livro de Samuel

Primeiro Livro de Reis

Segundo Livro de Reis

Primeiro Livro de Crônicas

Segundo Livro de Crônicas

Primeiro Livro de Esdras[4]

Segundo Livro de Esdras[5]

Ester



Salmos

Provérbios

Eclesiastes ou Pregador

Cântico dos Cânticos

Os quatro Profetas Maiores

Os doze Profetas Menores.



E os outros Livros (como diz Jerônimo) a Igreja os lê para exemplo de vida e instrução de costumes; mas não os aplica para estabelecer doutrina alguma; tais são os seguintes:

Terceiro livro de Esdras

Quarto Livro de Esdras

Livro de Tobias

Livro de Judite

O restante dos livros de Ester

Livro da Sabedoria

Jesus, filho de Sirac

O Profeta Baruch

O Cântico dos Três Mancebos

A história de Suzana

De Bel e o Dragão

Oração de Manassés

Segundo Livro de Macabeus.



Recebemos e contamos por canônicos todos os Livros do Novo Testamento, como são comumente recebidos.



ARTIGO VII – DO VELHO TESTAMENTO

O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. Portanto não devem ser ouvidos os que pretendem que os antigos pais só esperaram promessas transitórias. Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.



ARTIGO VIII – DOS CREDOS[6]

O Credo Niceno e o que ordinariamente se chama Símbolo dos Apóstolos[7] devem ser inteiramente recebidos e cridos; porque se podem provar com autoridade muito certas da Escritura Sagrada.



ARTIGO IX – DO PECADO ORIGINAL

O pecado original não consiste na imitação de Adão (como vãmente pregado pelos Pelagianos); é, porém, a falta e corrupção da Natureza de todo o homem gerado naturalmente da semente de Adão; pelas quais o homem dista muitíssimo da retidão original e é de sua própria natureza inclinado ao mal, de sorte que toda a carne sempre cobiça contra o espírito; e, por isso, toda pessoa que nasce neste mundo merece a ira e condenação de Deus. E esta infecção[8] da natureza ainda permanece também nos que são regenerados, pela qual o apetite carnal chamado em grego Phrônema sarkós (que uns interpretam sabedoria, outros sensualidade, outros afeição e outros desejo carnal), não sujeito à Lei de Deus e apesar de que não há condenação para os que crêem e são batizados, contudo o Apóstolo confessa que a concupiscência e luxúria têm de si mesmas a natureza do pecado.



ARTIGO X – DO LIVRE ARBÍTRIO

A condição do homem depois da queda de Adão é tal que ele não pode converter-se e preparar-se a si mesmo por sua própria força natural e boas obras, para a fé e invocação a Deus. Portanto não temos o poder de fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus, sem que a graça de Deus por Cristo nos previna[9], para que tenhamos boa vontade, e coopere conosco enquanto temos essa boa vontade.



ARTIGO XI – DA JUSTIFICAÇÃO DO HOMEM

Somos reputados justos perante Deus, somente pelo mérito do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo pela Fé, e não por nossos próprios merecimentos e obras. Portanto, é doutrina mui saudável e cheia de consolação a de que somos justificados somente pela Fé, como se expõe mais amplamente na Homília da Justificação.



ARTIGO XII – DAS BOAS OBRAS

Ainda que as boas obras, que são os frutos da Fé, e seguem a Justificação, não possam expiar os nosso pecados, nem suportar a severidade do Juízo de Deus; são, todavia, agradáveis e aceitáveis a Deus em Cristo, e brotam necessariamente duma verdadeira e viva Fé; tanto que por elas se pode conhecer tão evidentemente uma fé viva como uma árvore se julga pelo fruto.



ARTIGO XIII – DAS OBRAS ANTES DA JUSTIFICAÇÃO

As obras feitas antes da graça de Cristo, e da inspiração do seu espírito[10], não são agradáveis a Deus, porquanto não procedem da fé em Jesus Cristo; nem fazem os homens dignos de receber a graça, nem (como dizem os autores escolásticos) merecem a graça de côngruo; muito pelo contrário visto que elas não são feitas como Deus quis e ordenou que fossem feitas, não duvidamos terem elas a natureza do pecado.



ARTIGO XIV – DAS OBRAS DE SUPEREROGAÇÃO

As obras voluntárias, que excedem os Mandamentos de Deus, e que se chamam Obras de Supererogação, não se pode ensinar sem arrogância e impiedade; porque por elas declaram os homens que não só rendem a Deus tudo a que são obrigados, mas também a favor dele fazem mais do que, como rigoroso dever, lhes é requerido; ainda que Cristo claramente disse: Quando tiveres feito tudo o que vos está ordenado dizei: Somos servos inúteis.



ARTIGO XV – DE CRISTO, ÚNICO SEM PECADO

Cristo, na verdade de nossa natureza foi feito semelhante a nós em todas as coisas exceto no pecado, do qual foi totalmente isento, tanto na sua carne como no Seu espírito. Ele veio para ser o Cordeiro imaculado, que, pelo sacrifício de si mesmo uma vez oferecido tirasse os pecados do mundo; e o pecado (como diz S. João) não estava nele. Porém nós, os demais homens, posto que batizados, e nascidos de novo em Cristo, ainda pecamos em muitas coisas; e se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e não há verdade em nós.



ARTIGO XVI – DO PECADO DEPOIS DO BATISMO

Nem todo pecado mortal voluntariamente cometido depois do Batismo é pecado contra o Espírito Santo, e irremissível. Pelo que não se deva negar a graça do arrependimento aos que tiverem caído em pecado depois do Batismo. Depois de termos recebido o Espírito Santo, podemos apartar-nos da graça concedida, e cair em pecado, e pela graça de Deus levantar-nos de novo e emendar nossas vidas. Devem, portanto, ser condenados os que dizem que já não podem pecar mais, enquanto aqui vivem, ou os que negam a oportunidade de perdão às pessoas verdadeiramente arrependidas.



ARTIGO XVII – PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO

A predestinação para a vida é o eterno propósito de Deus, pelo qual (antes de lançados os fundamentos do mundo) tem constantemente decretado por seu conselho, a nós oculto, livrar da maldição e condenação os que elegeu em Cristo dentre o gênero humano, e conduzi-los por Cristo à salvação eterna, como vasos feitos para a honra. Por isso os que se acham dotados de um tão excelente benefício de Deus, são chamados segundo o propósito de Deus, por seu Espírito operando em tempo devido; pela graça obedecem à vocação; são justificados gratuitamente; são feitos filhos de Deus por adoção; são criados conforme à imagem de Seu Unigênito Filho Jesus Cristo; vivem religiosamente em boas obras, e enfim chegam, pela misericórdia de Deus, à felicidade eterna.


Assim como a pia consideração da Predestinação, e da nossa Eleição em Cristo, é cheia de um doce, suave, e inexplicável conforto para as pessoas devotas, e os que sentem em si mesmos a operação do Espírito de Cristo, mortificando as obras da carne, e seus membros terrenos, e levantando o seu pensamento às coisas altas e celestiais, não só porque muito estabelece e confirma a sua fé na salvação eterna que hão de gozar por meio de Cristo, mas porque veemente acende o seu amor para com Deus; assim para as pessoas curiosas e carnais, destituídas do Espírito de Cristo, o ter de contínuo diante dos seus olhos a sentença da Predestinação de Deus, é um princípio muitíssimo perigoso, por onde o Diabo as arrasta ao desespero, ou a que vivam numa segurança de vida impuríssima, não menos perigosa que a desesperação.

Além disso devemos receber as promessas de Deus de modo que nos são geralmente propostas nas Escrituras Sagradas; e seguir em nossas obras a Vontade de Deus, que nos é expressamente declarada na Sua Palavra.



ARTIGO XVIII – DE OBTER A SALVAÇÃO ETERNA UNICAMENTE PELO NOME DE CRISTO

Devem ser também tidos por amaldiçoados os que se atrevem a dizer que todo o homem será salvo pela lei ou seita que professa, contanto que seja cuidadoso em modelar sua vida segundo essa lei e o lume da natureza. Porque a Escritura Santa somente nos propõe o Nome de Jesus Cristo, como único meio pelo qual os homens se hão de salvar.



ARTIGO XIX – DA IGREJA

A Igreja visível de Cristo é uma congregação de fiéis, na qual é pregada a pura Palavra de Deus, e são devidamente administrados os Sacramentos conforme à Instituição de Cristo em todas as coisas que necessariamente se requerem neles.


Assim como a Igreja de Jerusalém, de Alexandria, e de Antioquia erraram; assim também a Igreja de Roma errou, não só quanto às suas práticas, ritos e cerimônias, mas também em matéria de fé.



ARTIGO XX – DA AUTORIDADE DA IGREJA

A Igreja tem poder de decretar Ritos ou Cerimônias, e autoridade nas controvérsias da Fé, todavia não é lícito à Igreja ordenar coisa alguma contrária à Palavra de Deus escrita, nem expor um lugar da Escritura de modo que repugne a outro. Portanto, se bem que a Igreja seja testemunha e guarda da Escritura Sagrada, todavia, assim como não é lícito decretar coisa alguma contra ela, também não se deve obrigar a que seja acreditada coisa alguma, que nela não se encontra, como necessária para a salvação.



ARTIGO XXI – DA AUTORIDADE DOS CONCÍLIOS GERAIS[11]

[O vigésimo primeiro artigo dos precedentes é omitido porque é, em parte, dum caráter local e civil, e é provido, no tocante às restantes partes dele, em outros artigos.]



ARTIGO XXII– DO PURGATÓRIO

A doutrina romana relativa ao Purgatório, Indulgências, Veneração e Adoração tanto de imagens como de relíquias, e também à invocação dos Santos, é uma coisa fútil e vãmente inventada, que não se funda em testemunho algum da Escritura, mas ao contrário repugna à Palavra de Deus.



ARTIGO XXIII – DA MINISTRAÇÃO NA IGREJA

A ninguém é lícito tomar sobre si o cargo de pregar publicamente, ou administrar os Sacramentos na Congregação, antes que seja legalmente chamado, e enviado a executá-lo. E devemos julgar por legalmente chamados e enviados aqueles que tiverem sido escolhidos e chamados para esta obra pelos homens revestidos publicamente de autoridade, dada a eles na Congregação, para chamar e enviar Ministros à Vinha do Senhor.



ARTIGO XXIV – DA LÍNGUA VERNÁCULA DO CULTO

Repugna evidentemente à Palavra de Deus, e ao uso da Igreja Primitiva dizer Orações Públicas na Igreja, ou administrar os Sacramentos em língua que o povo não entende.



ARTIGO XXV – DOS SACRAMENTOS

Os Sacramentos instituídos por Cristo não são unicamente designações ou indícios da profissão dos Cristãos, mas antes testemunhos certos e firmes, e sinais eficazes da graça, e da boa vontade de Deus para conosco pelos quais ele opera invisivelmente em nós, e não só vivifica, mas também fortalece e confirma a nossa fé nele.


São dois os Sacramentos instituídos por Cristo nosso Senhor no Evangelho, isto é, o Batismo e a Ceia do Senhor.

Os cinco vulgarmente chamados Sacramentos, isto é, Confirmação, Penitência, Ordens, Matrimônio, e Extrema Unção, não devem ser contados como Sacramento do Evangelho, tendo em parte emanado duma viciosa imitação dos Apóstolos, e sendo em parte estados de vida aprovados nas Escrituras; não tem, contudo, a mesma natureza de Sacramentos peculiar ao Batismo e à Ceia do Senhor, porque não tem sinal algum visível ou cerimônia instituída por Deus.


Os Sacramentos não foram instituídos por Cristo para servirem de espetáculo, ou serem levados em procissão, mas sim para devidamente os utilizarmos. E só nas pessoas que dignamente os recebem é que produzem um saudável efeito ou operação; mas os que indignamente os recebem adquirem para si mesmos a condenação, como diz São Paulo.



ARTIGO XXVI – DA INDIGNIDADE DOS MINISTROS, A QUAL NÃO IMPEDE O EFEITO DOS SACRAMENTOS

Ainda que na Igreja visível os maus sempre estejam misturados com os bons, e às vezes os maus tenham a principal autoridade na Administração da Palavra e dos Sacramentos; todavia, como o não fazem em seu próprio nome, mas no de Cristo, e em comissão e por autoridade dele administram, podemos usar do seu Ministério, tanto em ouvir a Palavra de Deus, como em receber os Sacramentos. Nem o efeito da ordenança de Cristo é tirado pela sua iniqüidade, nem a graça dos dons de Deus diminui para as pessoas que com fé e devidamente recebem os Sacramentos que se lhe administram; os quais são eficazes por causa da instituição e promessa de Cristo, apesar de serem administrados por homens maus.


Não obstante, à disciplina da Igreja pertence que se inquira acerca dos Ministros maus, e que sejam estes acusados por quem tenha conhecimento de seus crimes; e sendo, enfim, reconhecidos culpados, sejam depostos mediante justa sentença.



ARTIGO XXVII – DO BATISMO

O Batismo não só é um sinal de profissão e marca de diferença, com que se distinguem os Cristãos dos que o não são, mas também um sinal de Regeneração ou Nascimento novo, pelo qual, como por instrumento, os que recebem o Batismo devidamente, são enxertados na Igreja; as promessas da remissão dos pecados, e da nossa adoção como filhos de Deus pelo Espírito Santo, são visivelmente marcadas e seladas, a Fé é confirmada, e a Graça aumentada por virtude da oração de Deus.


O Batismo das crianças deve conservar-se de qualquer modo na Igreja como sumamente conforme à instituição de Cristo.



ARTIGO XXVIII – DA CEIA DO SENHOR

A Ceia do Senhor não só é um sinal de mútuo amor que os cristãos devem ter uns para com os outros; mas antes é um Sacramento da nossa Redenção pela morte de Cristo, de sorte que para os que devida e dignamente, e com fé o recebem, o Pão que partimos é uma participação do Corpo de Cristo; e de igual modo o Cálice de Bênção é uma participação do Sangue de Cristo.


A Transubstanciação (ou mudança da substância do Pão e Vinho) na Ceia do Senhor, não se pode provar pela Escritura Sagrada; mas antes repugna às palavras terminantes da Escritura, subverte a natureza do Sacramento, e tem dado ocasião a muitas superstições. O Corpo de Cristo é dado, tomado, e comido na Ceia, somente dum modo celeste e espiritual. E o meio pelo qual o Corpo de Cristo é recebido e comido na Ceia é a Fé.


O Sacramento da Ceia do Senhor não foi pela ordenança de Cristo reservado, nem levado em procissão, nem elevado, nem adorado.



ARTIGO XXIX – DOS ÍMPIOS, QUE NÃO COMEM O CORPO DE CRISTO NA CEIA DO SENHOR

Os ímpios, e os destituídos da fé viva, ainda que carnal e visivelmente comprimam com os dentes (como diz Santo Agostinho) o Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo; nem por isso são de maneira alguma participantes de Cristo: mas antes, para sua condenação, comem e bebem o sinal ou Sacramento de uma coisa tão importante.



ARTIGO XXX – DE AMBAS AS ESPÉCIES

O Cálice do Senhor não se deve negar aos Leigos; porque ambas as partes do Sacramento do Senhor, por instituição e ordem de Cristo, devem ser administradas a todos os cristãos igualmente.



ARTIGO XXXI – DA ÚNICA OBLAÇÃO DE CRISTO CONSUMADA NA CRUZ

A oblação de Cristo uma só vez consumada é a perfeita redenção, propiciação, e satisfação por todos os pecados, tanto originais como atuais, do mundo inteiro; e não há nenhuma outra satisfação pelos pecados, senão esta unicamente. Portanto os sacrifícios das Missas, nos quais vulgarmente se dizia que o Sacerdote oferecia Cristo para a remissão da pena ou culpa, pelos vivos ou mortos, são fábulas blasfemas e enganos perigosos.



ARTIGO XXXII – DO CASAMENTO DE SACERDOTES

Os Bispos, Presbíteros e Diáconos não são obrigados, por preceito algum da lei de Deus, a votar-se ao estado celibatário, ou abster-se do matrimônio; portanto é-lhes lícito, como aos demais Cristãos, casar como entenderem, se julgarem que isso lhes é mais útil à piedade.



ARTIGO XXXIII - COMO DEVEMOS EVITAR AS PESSOAS EXCOMUNGADAS

Aquele que por denúncia pública da Igreja for justamente separado da unidade da Igreja, e suspenso da Comunhão, deve ser tido por Pagão e Publicano por todos os fiéis, até que seja mediante penitência recebido nas Igreja por um juiz que tenha autoridade para isso.



ARTIGO XXXIV – DAS TRADIÇÕES DA IGREJA

Não é necessário que as tradições e Cerimônias sejam em toda parte as mesmas, ou totalmente semelhantes; porque em todos os tempos tem sido diversas, e podem ser alteradas segundo as diversidades dos países, tempo e costumes dos homens, contanto que nada se estabeleça contrário à Palavra de Deus. Todo aquele que por seu particular juízo, com ânimo voluntário e deliberado, quebrar manifestamente as Tradições e Cerimônias da Igreja, que não são contrárias à Palavra de Deus, e se acham estabelecidas e aprovadas pela autoridade comum, (para que outros temam fazer o mesmo), deve ser publicamente repreendido, como quem ofende a ordem comum da Igreja, fere a autoridade do Magistrado, e vulnera as consciência dos irmãos débeis.


Toda a Igreja particular ou nacional tem autoridade, para ordenar, mudar e abolir as Cerimônias ou Ritos da Igreja, instituídos unicamente pela autoridade humana, contanto que tudo se faça para edificação.



ARTIGO XXXV – DAS HOMÍLIAS

O Segundo livro das Homílias, cujos títulos reunimos abaixo deste artigo, contém doutrina pia, saudável e necessária para estes tempos, como também o primeiro livro das Homílias, publicado ao tempo de Eduardo VI; e portanto julgamos que devem ser lidas pelos Ministros, diligente e distintamente nas Igrejas, para que sejam entendidas pelo povo.



DOS NOMES DAS HOMÍLIAS

1. Do uso correto da Igreja.

2. Contra o perigo da idolatria.

3. Do reparo e asseio das Igrejas.

4. Das boas obras: principalmente jejum.

5. Contra a glutonaria e embriaguez.

6. Contra o luxo do vestuário.

7. Da oração

8. Do lugar e Templo da Oração.

9. De como Orações e Sacramentos se devem ministrar em língua conhecida

10. Da reverente estima à Palavra de Deus.

11. Das esmolas.

12. Da natividade de Cristo.

13. Da Paixão de Cristo.

14. Da ressurreição de Cristo.

15. Da digna recepção do Sacramento do Corpo de Cristo.

16. Dos dons do Espírito Santo.

17. Para os dias de Rogações.

18. Do estado do matrimônio.

19. Do arrependimento.

20. Contra a ociosidade.

21. Contra a rebelião.

[Este Artigo é recebido nesta Igreja enquanto declara que os livros das Homílias são explicações da doutrina cristã, e se destinam à instrução na piedade e moralidade. As referências à constituição e leis da Inglaterra são, porém, consideradas implacáveis às circunstâncias desta Igreja pelo que está suspensa também a ordem para leitura das referidas Homílias nas Igrejas, até que se proceda à revisão que se impõe, para livrá-las tanto de palavras obsoletas como das referências de natureza local.]



ARTIGO XXXVI – DA SAGRAÇÃO DE BISPOS E MINISTROS[12]

O livro da Sagração de Bispos, e Ordenação de Presbíteros e Diáconos, estabelecido pela Convenção Geral desta Igreja em 1792 contém tudo quanto é necessário para a referida Sagração e Ordenação; nem há nele coisa alguma que seja por si mesma supersticiosa e ímpia. E, por conseqüência, todos aqueles que são sagrados ou ordenados segundo a referida Fórmula, decretamos que todos eles são reta, canônica e legalmente ordenados.



ARTIGO XXXVII – DO PODER DOS MAGISTRADOS CIVIS[13]

O poder do Magistrado Civil estende-se a todos os homens, tanto Clérigo como Leigos, em todas as coisas temporais; porém não tem autoridade alguma em coisa puramente espirituais. E temos por dever de todos os homens que professam o Evangelho o renderem obediência respeitosa à Autoridade Civil, que é regular e legitimamente constituída.



ARTIGO XXXVIII - DE QUE NÃO SÃO COMUNS OS BENS ENTRE CRISTÃOS

As riquezas e bens dos cristãos não são comuns quanto ao direito, título e posse, como falsamente apregoam certos anabatistas. Todos, no entanto, das coisas que possuem devem dar liberalmente esmola aos pobres, segundo o seu poder.



ARTIGO XXXIX – DO JURAMENTO DUM CRISTÃO

Assim como confessamos que o Juramento vão e temerário é proibido aos cristãos por nosso Senhor Jesus Cristo, e por Tiago, seu apóstolo, assim também julgamos que a religião cristã de nenhum modo proíbe que uma pessoa jure quando o Magistrado o exige em causa de fé e caridade; contanto que isto se faça segundo a doutrina do profeta, em justiça, juízo e verdade.


Assim como confessamos que o Juramento vão e temerário é proibido aos cristãos por nosso Senhor Jesus Cristo, e por Tiago, seu apóstolo, assim também julgamos que a religião cristã de nenhum modo proíbe que uma pessoa jure quando o Magistrado o exige em causa de fé e caridade; contanto que isto se faça segundo a doutrina do profeta, em justiça, juízo e verdade.



[1] "... indivisível não sujeito à paixões..."

[2] "... Sustentador..."

[3] "... da eternidade..."

[4] Esdras

[5] Neemias

[6] Os 39 artigos da Igreja Episcopal Reformada trazem: "... Dos Três Credos..."

[7] Consta assim: "... Os três credos a saber: os Credos Niceno, Atanasiano e o que normalmente se chama Credo ou “Símbolo dos Apóstolos"

[8] "... contaminação..."

[9] "... preceda..."

[10] "... Espírito..."

[11] "... Concílios Gerais não devem ser reunidos sem o mandamento e a vontade de Príncipes. E quando eles se reúnem (sendo uma assembléia de homens, onde sem todos são regidos pelo Espírito e pela Palavra de Deus) podem errar, e às vezes têm errado, mesmo nas coisas pertencentes a Deus. Portanto, o que por eles é ordenado como necessário à salvação não possui força nem autoridade, exceto se for declarado que eles o extraíram das Sagradas Escrituras"

[12] "... O Livro de Consagração de Arcebispos e Bispos e ordenação de Presbíteros e Diáconos, acontecido no tempo do Rei Edward VI, contém todas as coisas necessárias à referida Consagração e ordenação; Não há nele coisa alguma que seja por si mesma supersticiosa e ímpia. Por conseqüência, todos aqueles que tenha sido consagrados ou ordenados segundo os ritos do referido Livro, desde o segundo ano do reinado do Rei Edward VI até os dias de hoje, ou que aos que forem consagrados e ordenados segundo os mesmo ritos, são e serão reta, canônica e licitamente consagrados e ordenados".

[13] "... A Majestade do Rei tem o supremo poder no Reino da Inglaterra, e nos outros seus domínios; pertence-lhe o supremo governo de todos os Estados do referido reino,assim eclesiásticos como civis, em todas as suas causas, e não é, e nem pode ser sujeito a nenhuma jurisdição estrangeira. Quando atribuímos à Majestade o Rei, o supremo governo (título que, segundo havemos alcançado, temos ofendido os ânimos de alguns caluniadores), não queremos dar aos nossos Príncipes a administração da Palavra de Deus, nem a dos Sacramentos, coisas que as mesmas ordenanças ultimamente promulgadas pela Rainha Elizabeth I, provam com maior evidência; mas unicamente a prerrogativa que nas Sagradas Escrituras vemos, foi sempre dada por Deus a todos os Príncipes piedosos; isto é, que todos eles governassem, mantendo em seu dever todos os estados e classes entregues por Deus a todos os Príncipes piedosos; isto é, que eles governassem, mantendo em seu dever todos os estados e classes entregues por Deus a seu cargo fossem eclesiásticos ou temporais, refreassem com espada civil os contumazes e malfeitores.

O Bispo de Roma não tem jurisdição alguma no reino da Inglaterra.

As leis do Reino poderão castigar os cristãos com pena de morte, por crimes graves e capitais.

É lícito aos cristãos, por ordem do Magistrado, pegar em armas e servir nas forças armadas.

As referências à Constituição e Leis da Inglaterra são porém, consideradas inaplicáveis em nosso país, tendo em vista a Constituição da República Federativa do Brasil, não aplicar a pena de morte por ser considerado inconstitucional.

No Concilio realizado em Londres no ano de 1562, para evitar diversidade de opiniões, e estabelecer o comum acordo no tocante à verdadeira Religião. (Livro de Oração Comum, publicado em português em 1866, pela Society for Promoting Christian Knowledg . pg. 432 - 444).

Extraído do Livro de Oração Comum da Igreja Episcopal do Brasil (1950), p. 601-611.

CONFIRMAÇÃO DOS ARTIGOS

Este Livro dos referidos Artigos foi aprovado e confirmado para ser recebido e executado em todo o Reino, pelo assenso e consentimento da nossa Soberana, a Senhora dona Elizabeth I, pela graça de Deus, Rainha do Reino da Inglaterra, França, e Irlanda, Defensora Fé, etc. Os quais Artigos foram deliberadamente lido e de novo confirmados, e subscritos pela própria mão de todos os Arcebispos, e Bispos da Câmara Alta, e pelas assinaturas de todo o Clero da Câmara Baixa, na sua Convocação, no ano de nosso Senhor de 1571.